De acordo com o boletim médico do Benfica, divulgado ontem no site oficial do clube, Maxi Pereira tem dores na face posterior da coxa direita e, por isso, realizou apenas tratamento e trabalho condicionado. Mas o lateral-direito está, mais uma vez, disponível para ajudar a equipa e, ao que O JOGO apurou, vai estar fisicamente em condições para completar o seu 170º encontro pelo Benfica, este sábado, frente ao Guimarães, no Estádio da Luz. Maxi Pereira não dobra e vai à guerra. Ou seja, não será uma mialgia a atirar o defesa para fora de jogo.
Em 2009, por exemplo, na preparação da época, lesionou-se com gravidade no Torneio de Guimarães, foi operado, perspectivando-se uma paragem de dois meses. No entanto, quatro semanas depois já estava a treinar-se sem limitações e acabaria mesmo por ser chamado por Jorge Jesus para fazer a sua estreia na Liga, frente ao Belenenses.
O espírito de guerreiro é reconhecido por todos. O próprio médico da selecção do Uruguai, Alberto Pan, disse ontem, ao nosso jornal, que Maxi Pereira acusou somente cansaço no final da partida com a Ucrânia da passada sexta-feira. Portanto, demonstrou estar em condições de jogar no sábado com o Guimarães. "Maxi jogou os 90 minutos, não pediu para ser substituído e só se queixou de fadiga quando o encontro terminou. E nem três horas depois do jogo, já estava a viajar para Portugal", declarou o clínico uruguaio.
Já depois da conquista da Copa América, frente ao Paraguai, a 24 de Julho, Maxi Pereira viajou logo para Lisboa, a fim de estar disponível - apenas três dias depois - para o encontro do Benfica com o Trabzonspor, no Estádio da Luz, dia 27, no arranque da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
O jogador mostrou vontade em ajudar a equipa benfiquista [ver caixa], mesmo depois do desgaste da Copa América - onde foi sempre titular - e de ter sido pai de gémeos, sem tempo para desfrutar dos novos rebentos: Thiago e Tomás.
Jorge Jesus elogiou o seu profissionalismo e prometeu-lhe férias para mais tarde, as quais vieram a acontecer uma semana mais tarde. O defesa viajou para o Uruguai directamente de Istambul, com oito pontos na maça do rosto, fruto de uma valente cotovelada, enquanto ajudava a equipa a passar aos play-offs de acesso da Champions.
O camisola 14 esteve com a família e regressou, depois, a tempo da primeira jornada do campeonato, com o Gil Vicente, mas ficou no banco de suplentes, tendo Rúben Amorim ocupado o seu lugar. Desde então, Maxi tem jogado sempre os 90 minutos.
Basicamente não pára, sendo sempre grande a sua disponibilidade para ajudar a equipa, mesmo cansado ou com problemas físico. É isso que diz o historial do internacional uruguaio de águia ao peito. O lateral-direito chegou ao Benfica em 2007/08 e está a um jogo dos seus 170 pelo clube encarnado, número só superado, actualmente no plantel, pelos pesos-pesados Luisão e Cardozo.
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