sábado, 22 de outubro de 2011

Destaques individuais

Witsel – O médio belga assumiu a “batuta” do jogo e fê-lo com bastante mestria. Excelente sentido posicional no terreno aliado a primorosos pormenores técnicos, Witsel encheu um meio-campo tapado por um manto amarelo.

Cardozo – Pode não tocar muitas vezes no esférico, mas quando o faz é letal. Aproveitou uma excelente assistência de Saviola e um erro clamoroso de Rui Rego para, de cabeça, derrubar a muralha aveirense.


Saviola – “El conejo” entrou no jogo a todo o gás e quando sentiu que poderia ser “engolido” pela defensiva do Beira-Mar optou por recuar para vir buscar jogo, carregando-o de trás para a frente para alimentar Cardozo.

Garay – Está nos destaques não pelo que o Beira-Mar atacou (roça o zero), mas sim pela bola salva em cima da linha de golo, num lance que nem deveria ter acontecido, pois estava um jogador aveirense fora-de-jogo. Esteve sempre bastante seguro no seu posto.

Vitória do futebol positivo

A equipa de futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica conquistou este sábado mais uma vitória na Liga e continua, assim, no topo da tabela. Na deslocação ao terreno do Beira-Mar, o Benfica encontrou uma formação que não quis jogar futebol durante os 90 minutos. Com todo o mérito e graças a um golo de Cardozo, os “encarnados” suplantaram mais um adversário na prova.

Se dúvidas houvesse relativamente à forma de jogar ou melhor de não jogar do Beira-Mar, o início do encontro da 8.ª jornada tratou de fazer o respectivo esclarecimento. É que a postura da equipa aveirense foi apenas uma: defender até à exaustão.

Esse género de abordagem obrigou o Benfica a ser muito paciente e inteligente na forma de atacar a baliza contrária. Apesar de ter onze homens atrás da linha de bola, a equipa comandada por Jorge Jesus conseguiu criar desequilíbrios junto das redes adversárias. Um dos exemplos foi uma progressão de Witsel. O médio belga entrou na área e cruzou para o lado contrário, onde Cardozo não chegou a tempo para facturar (30’).

Witsel voltou a tentar a sua sorte aos 40 minutos, mas o remate foi travado pelo guarda-redes Rui Rêgo. O cerco à baliza aveirense foi uma constante e o merecido golo do Benfica acabou mesmo por surgir. O mau alívio do guardião do Beira-Mar foi o castigo mais do que merecido para uma forma de jogar ultra-defensiva. Cardozo não perdoou e celebrou mais um tento na presente temporada (41’).

Apesar de estar a perder, o Beira-Mar não alterou uma vírgula à sua estratégia para o segundo tempo, ou seja, continuou a defender atrás da linha da bola, procurando chegar com perigo junto das redes de Artur Moraes num lance esporádico.

O Benfica continuou, por seu lado, a ser a única equipa preocupada em jogar futebol e merecia, por isso, ter conseguido mais golos. Cardozo (61’) e Gaitán (72’) procuraram bater o guarda-redes da casa, tal como Ruben Amorim (73’). Este último foi quem esteve mais perto de o alcançar, mas o remate esbarrou no poste.

Em suma, esta foi uma vitória do futebol positivo, do futebol do Sport Lisboa e Benfica e que permite continuar na frente da tabela classificativa.

Na próxima jornada, a formação orientada por Jorge Jesus vai receber o Olhanense. A partida está agendada para o dia 29 de Outubro.

O Benfica alinhou da seguinte forma: Artur Moraes; Ruben Amorim, Luisão, Garay e Emerson; Matic, Witsel, Bruno César (Javi García, 90’) e Nolito (Gaitán, 60’); Saviola (Aimar, 60’) e Cardozo.

Foto:

Onze do Benfica:

Artur; Ruben Amorim, Luisão, Garay, Emerson; Matic, Witsel, Nolito, Bruno César; Saviola e Cardozo

Fotos: Encarnados acarinhados na Gafanha da Nazaré












Encarnados acarinhados antes do jogo com o Beira-Mar

O Benfica realizou esta manhã um treino ligeiro, no campo do Gafanha, na Gafanha da Nazaré.

A sessão, habitual nos dias de jogos, durou cerca de 30 minutos e serviu, essencialmente, para preparar os músculos para o esforço que se avizinha.

O treino realizou-se à porta fechada, o que desagradou aos adeptos que se deslocaram ao estádio do clube que milita na 1.ª Divisão da AF Aveiro, para verem os jogadores ao vivo.

Essa tristeza depressa deu lugar a entusiasmo, quando, após o treino, os jogadores deixaram o estádio.

Pablo Aimar, por exemplo, um dos mais solicitados, foi literalmente engolido pela cerca de uma centena de adeptos presente.

Bruno César e Cardozo receberam também muitos incentivos e carinho, não se negando a responder aos muitos pedidos de autógrafos.

Também à saída do hotel, logo pela manhã, a comitiva encarnada fora abordada por algumas pessoas, com o treinador Jorge Jesus a ser, então, o alvo preferencial.

Beira-Mar e Benfica sobrem ao relvado do Estádio Municipal Mário Duarte às 20.15 horas, jogo que será arbitrado por Paulo Baptista (AF Portalgre).

Vantagem de Amorim sobre Miguel Vítor

Ruben Amorim deve ser o eleito de Jorge Jesus para ocupar a vaga deixada no lado direito da defesa pelo lesionado Maxi Pereira. Já recuperado do problema físico que o impediu de alinhar em Portimão e Basileia, o médio polivalente pode, assim, retomar a competição em Aveiro.

Titular na lateral-direita por ocasião do encontro relativo à terceira eliminatória da Taça de Portugal e suplente utilizado nesse posto específico na partida referente à terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, Miguel Vítor deve falhar hoje um lugar no onze inicial no duelo com o Beira-Mar.

A nova jóia de Jesus

O médio argentino Nico Gaitán está na equipa da semana da Champions. Jogador do plantel com mais mercado.

Jorge Jesus nunca se cansa de dizer que tem dois objectivos no Benfica: ganhar títulos e valorizar jogadores para um futuro retorno financeiro para os cofres da SAD.

Em duas épocas, venceu um campeonato e duas taças da Liga, e contribui para potenciar as características de quatro jogadores, cuja venda dos respectivos passes proporcionou um encaixe de 110 milhões de euros (qualquer coisa como 80 milhões de lucro no total das operações): Ramires, Di María, David Luiz e Fábio Coentrão.

À terceira temporada no comando técnico da equipa, um dos objectivos parece estar a ser cumprido: a valorização de um jogador que começa a ser elevado à condição de craque, Gaitán.

Luta de gigantes

Cardozo e Rui Rego, a luta promete. Um quer aumentar os 5 golos marcados na Liga até ao momento e engrossar os números do melhor ataque português, o doBenfica, e o outro quer manter o estatuto de equipa menos batida da prova, a do Beira-Mar.

Gigantes em campo, mas separados por 17 centímetros, visíveis a olho nu. Rui Rego é o único guarda-redes titular de equipas do campeonato que não chega a 1,80 m – faltam-lhe 4 centímetros. Cardozo, por seu lado, é o avançado titular mais alto da Liga e está a 7 centímetros dos 2 metros. Uma luta titânica.

Rui Rego sofreu, até ao momento, dois golos no campeonato, tantos quanto os que Cardozo lhe marcou no confronto da temporada passada, realizado a 28 de novembro de 2010. Na altura, o jogo de Aveiro marcou o regresso de Tacuara aos relvados na condição de titular [foi suplente utilizado quatro dias antes em Israel, diante do Hapoel, para a Champions], depois de dois meses de ausência.

Trio maravilha luta por um lugar no onze

A principal dúvida de Jorge Jesus para o jogo desta noite diante do Beira-Mar está na frente atacante. Afinal, quem irá fazer companhia a Oscar Cardozo no assalto à baliza aveirense? Aimar, Rodrigo e Saviola são as soluções à disposição do técnico, mas só um deverá ter direito a entrar nas escolhas iniciais.

Se Jesus optar pelo figurino tático mais utilizado esta temporada, o 4x2x3x1, Aimar tem lugar assegurado. O argentino, de 31 anos, alinhou de início diante do Basileia na última terça-feira, mas acabou por ser substituído no início da segunda parte, pelo que teve tempo de restabelecer os níveis físicos desejáveis para voltar a ser titular hoje à noite.

Adu: "Não fazia ideia que o Benfica era tão grande"

O jovem norte-americano Freddy Adu passou pelo Benfica sem deixar marcas, mas mesmo assim não esquece o que viveu na equipa encarnada. Em entrevista a uma revista de Philadelphia, cidade onde agora joga, ao serviço do Philadelphia Union, o médio admite que ficou surpreendido quando chegou a Lisboa.

"Não fazia ideia que o Benfica era tão grande, nem fazia ideia que ia ter tanta pressão no futebol europeu. Tinha apenas 18 anos quando assinei e, para ser sincero, acho que ninguém sabia muito de mim", disse o médio, de 22 anos, em declarações ao "Philadelphia Sportsweek".

"Quando cheguei lá, voltou tudo ao mesmo: é o novo Pelé, o novo isto, o novo aquilo... Tive três treinadores durante um ano. Um treinador traz-te para um sítio e depois é despedido. O novo técnico chega e implementa as suas próprias ideias. Provavelmente queria jogadores mais veteranos e não queria tratar do desenvolvimento de jovens. Foi isso mesmo que aconteceu comigo, e basicamente arruinou tudo o que queria", explicou, comentando as opções de Jose Antonio Camacho.