quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ruben Amorim ausente no treino

Ruben Amorim esteve ausente do treino que o plantel benfiquista realizou no centro de estágio do Seixal. A contas com uma mialgia de esforço na coxa esquerda, o polivalente futebolista faz tratamento e trabalho no ginásio. Os restantes atletas estiveram à disposição de Jorge Jesus, que prepara a receção ao Sp. Braga, jogo em atraso da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.
Os lisboetas procuram manter-se em prova, depois de terem garantido a presença nos 16 avos-de-final da Liga Europa e numa altura em que o 1.º lugar da Liga está à distância de 8 pontos.

Record

David Luiz deu peito às balas

David Luiz foi dos poucos jogadores do Benfica a enfrentar a ira dos adeptos no final do encontro com o Schalke. Descontentes com a derrota frente aos germânicos que quase custou não só a eliminação da Liga dos Campeões como também o afastamento das competições europeias esta temporada, os adeptos encarnados concentraram-se junto à garagem de acesso dos atletas do emblema do clube benfiquista.
Um dos primeiros a sair foi Luisão, que acabaria por ver a sua viatura a sofrer alguns pontapés quando os adeptos presentes constataram que o vice-capitão das águias não ia parar para ouvir as queixas da massa associativa presente. Ao contrário do colega no eixo do sector defensivo, David Luiz não só parou o carro como fez questão de sair da viatura e, apesar dos ânimos exaltados, trocar ali algumas impressões com os adeptos. De forma serena, o central encarnado ouviu as queixas e apresentou a sua versão dos factos, pedindo aos adeptos para não deixarem de apoiar a equipa, sobretudo neste momento mais negativo no que diz respeito a resultados.
A situação à saída da garagem dos jogadores só acabaria por acalmar com a chegada não só da Polícia de Intervenção mas também dos dirigentes Rui Costa e Paulo Gonçalves que ali tentaram serenar os ânimos, apelando à calma dos presentes. Com a situação mais calma, acabaria por sair do estádio o técnico Jorge Jesus, que já não teve de sentir na pele a ira dos adeptos.

Record

Saviola: «Etamos a apontar para a final»

Saviola revela enorme ambição em relação à Liga Europa, competição para a qual o Benfica foi apurado devido a uma enorme ajuda do Lyon.
“As expectativas vão ser grandes, apesar de a prova ter outras equipas fortes provenientes da Liga dos Campeões. Teremos pela frente muita competição, mas estamos a apontar para a final”, sustentou El Conejo em entrevista concedida ontem ao site oficial da UEFA.
O argentino, de 28 anos, não deixou obviamente de analisar a partida que acabara de realizar, diante do Schalke, a qual redundou na nona derrota da equipa da Luz nesta temporada.
“Tivemos oportunidades de golo mas não as conseguimos aproveitar ao máximo. Mas a melhor coisa é que continuamos na Europa. O objetivo a que nos havíamos proposto no início do jogo era a qualificação para a Liga Europa”, relembrou Saviola, que ficou em branco no embate efetuado no Estádio da Luz.
Disparidade
O avançado do Benfica colocou, logo a seguir, o dedo na ferida relativamente à dececionante campanha na milionária Liga dos Campeões.
“Fomos fortes nos jogos em casa, mas precisávamos de ter atuado de forma mais tranquila nas partidas realizadas fora. Devíamos ter jogado mais com a cabeça nesses encontros”, salientou o camisola 30.
Recorde-se que o emblema da Luz não conseguiu amealhar qualquer ponto fora de casa. Pior ainda, a formação orientada por Jorge Jesus mostrou-se incapaz de marcar sequer 1 golo na condição de visitante, tendo ficado em brando em Lyon (2-0), Gelsenkirchen (2-0) e Telavive (3-0). Se quiser descrever uma campanha mais colorida na Liga Europa será obrigada a arrepiar caminho e apresentar-se de cara lavada nos encontros a realizar-se longe da Luz.

Record

Jesus festejou golo do Lyon

Jorge Jesus preferiu não o assumir no final da partida com o Schalke, na Luz, mas a verdade é que o técnico do Benfica respirou de alívio quando Lacazette fez o tento da igualdade em Lyon, diante do Hapoel, e assim garantiu o acesso dos encarnados à Liga Europa.
No final partida, quer na “flash interview” quer na conferência de imprensa, Jesus deixou claro que não tinha tido qualquer intenção de saber o resultado do outro jogo do grupo e que nem se tinha apercebido bem das reações vindas da bancada do Estádio da Luz. Contudo, ao que Record apurou, a situação não foi bem assim. O técnico benfiquista esteve sempre a par do que se passava em Lyon, informado diretamente no banco, pelo adjunto Raul José, este sempre de auriculares nos ouvidos, atento a tudo aquilo que é dito nas rádios, nomeadamente no que diz respeito a lances polémicos que as imagens televisivas ajudam a desvendar.
Ao que o nosso jornal apurou, Jesus não escondeu o entusiasmo assim que soube do golo de Lacazette, que, mais do que dar o empate ao Lyon frente ao Hapoel, recolocava o Benfica nas competições europeias. Depois de insistentes perguntas ao adjunto sobre como estava o resultado da partida em terras gaulesas, Jesus não escondeu o entusiasmo quando soube do empate, dando mesmo um salto de festejo na sua área de jurisdição, numa altura em que os encarnados perdiam por 0-2 com a equipa germânica orientada por Felix Magath.
Mal tomou conhecimento do feito de Lacazette, Jorge Jesus procurou transmitir a informação para dentro do relvado, com o claro intuito de acalmar a sua equipa, que se via não só em desvantagem no campo frente ao Schalke como também a ser fortemente contestada pelos adeptos presentes no Estádio da Luz, que assobiavam de forma perfeitamente audível. Naquela altura, Ruben Amorim (então a jogar a lateral-direiro) era o jogador que estava mais perto do banco de suplentes e foi ao ex-jogador do Belenenses que o treinador do Benfica transmitiu (fazendo, inclusive, um sinal com as mãos) a informação do resultado que se verificava em Lyon, pedindo para os jogadores benfiquistas terem calma porque, afinal, nada estava perdido. Jesus sofreu a bom sofrer no banco.

Record

Coentrão e Javi estão no limite

Fábio Coentrão e Javi García estão nos limites da capacidade física e disso já deram conta a Jorge Jesus. Tanto o português, de 22 anos, como o espanhol, um ano mais velho, têm acusado sinais de desgaste físico, não só nos trabalhos durante a semana como também após os jogos.
O esquerdino e o médio-defensivo são conhecidos por serem atletas incapazes de virar a cara à luta e darem tudo nos jogos, mas a realidade é que começam a acusar o desgaste de uma temporada intensa – e nem sempre pelos melhores motivos – também a nível emocional. Sinais de quem pede descanso, depois de terem estado na época passada quase sempre em alta rotação.
A verdade é que, apesar de saber da condição física dos jogadores, Jesus não abdica de lhes dar a titularidade e, na esmagadora maioria das vezes, mantê-los em campo nos 90 minutos, embora não sejam os únicos elementos nesta situação [ver peça em baixo].
Opções
Fábio Coentrão conquistou por direito próprio, na época passada, o estatuto de titularíssimo. A boa temporada valeu-lhe a cobiça de grandes clubes europeus e também a presença no Mundial, o que lhe encurtou (e muito) o período de férias.
Neste caso em particular, Jesus tem uma enorme dificuldade em arranjar um substituto à altura do camisola 18, seja para jogar na lateral esquerda seja para atuar no meio-campo. Mesmo quando chama César Peixoto à equipa – como aconteceu diante do Schalke 04 – não abdica de Coentrão. Refira-se, aliás, que o esquerdino apenas ficou de fora do onze por opção uma única vez, frente ao Arouca, para a Taça. A outra “falta” foi diante do Portimonense (Liga), mas por lesão. Também o camisola 6 fez parte do onze em 19 jogos, tendo falhado o primeiro encontro da época frente ao FC Porto [Supertaça]. Airton foi, então, opção, mas eclipsou-se: nunca foi titular na Champions e na Liga foi-lhe atribuído esse estatuto apenas com a Naval. Por lesão de Javi.

Record

Experiência na UEFA não falta ao plantel

O staff benfiquista tem vindo a insistir na ideia de que a precoce eliminação da Liga dos Campeões se fica a dever à inexperiência do grupo de trabalho. A verdade é que apenas quatro dos 15 jogadores utilizados como titulares por Jorge Jesus, durante a presente edição da Champions, ostentavam menos de dez presenças nas competições da UEFA, por ocasião do arranque desta dececionante campanha.
A estatística não deixa margem para dúvidas quanto a esta questão. Roberto, Gaitán, Salvio e Kardec são os únicos jogadores que fizeram parte (pelo menos uma vez) de um onze inicial na Champions, versão 2010/11, que se podem queixar de falta de tarimba. Aquando da primeira partida, que opôs o Benfica ao Hapoel Telaviv, na Luz, nenhum deles sabia bem como conviver com a pressão inerente às partidas organizadas pela UEFA, pressão essa que se começa a sentir bem antes de a bola começar a rolar.
Nico
E no quarteto atrás referido há que ressalvar o caso específico de Gaitán. Nico não tinha, como é óbvio, qualquer presença nas provas da UEFA, mas granjeara alguma experiência nesse género de certames ao serviço do Boca Juniors. Com a camisola dos Xeneizes, Gaitán havia realizado sete encontros na Copa Libertadores (espécie de Liga dos Campeões da América do Sul) e seis desafios na Copa Sudamericana (género de Liga Europa). Há ainda que referir que o ambiente que envolve qualquer dessas provas é bastante mais tenso do que o vivido no Velho Continente.

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