segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Águias negam acusações leoninas

O Benfica emitiu esta segunda-feira um comunicado onde se defende das acusações feitas pelo Sporting, ainda a propósito da polémica que envolveu o dérbi lisboeta.

O clube da Luz dá a sua versão dos acontecimentos e revela ainda o mail com a formalização da devolução dos 46 bilhetes efectuada pelo Sporting.

Leia o comunicado na íntegra:

"A boa e a má informação

Comunicado do Sporting Clube de Portugal:

“O Sporting Clube de Portugal lamenta as condições proporcionadas aos seus adeptos no Estádio da Luz.

Desde o início que o Benfica tinha conhecimento, face ao número de bilhetes vendidos, da quantidade de adeptos que iam estar presentes no Estádio. Colocar cinco pontos de acesso para a revista de todos os adeptos revela, uma vontade expressa de provocar uma entrada tardia, gerando tensões completamente evitáveis”.

Os factos:

No controlo de bilhética e revista de segurança o número de ARD’s foi igual ao que sempre tem sido utilizados, em anos anteriores, nos chamados jogos grandes ou denominados de alto risco, 23.

- 1 supervisor + 2 agentes especializados + 5 ARD’s femininos + 15 ARD’s masculinos, num total de 23 ARD’s.

- 5 pontos de segurança para controlo de bilhética, com 3 ARD’s masculinos e 1 feminino em cada um deles a passar revista.

No dia do jogo, a “caixa” de adeptos do Sporting CP chegou ao estádio pelas 18H50 (ou seja com 35 minutos de atraso, já que eram esperados às 18H15. Se tal tivesse acontecido todos os adeptos teriam entrado antes do início do jogo.

Os últimos adeptos do Sporting CP a entrar fizeram-no cerca das 20H45 (30 minutos do jogo decorrido). O tempo total de revista aos adeptos visitantes foi de 1h55m.

Na reunião de segurança, realizada 3 dias antes do jogo e com todas as entidades envolvidas, consta o pedido do SL Benfica no sentido de que os adeptos do Sporting CP chegassem ao estádio até à abertura de portas e nunca depois, precisamente para evitar este tipo de reclamações.

“Paralelamente, as condições dispensadas aos adeptos que pagaram o seu bilhete são no mínimo lamentáveis, quer pela falta de acesso de alguns sectores a unidades sanitárias, quer a bares, não sendo possível, sequer, comprar uma garrafa de água”.

As casas de banho e bares na zona da equipa visitante estão dentro do que está regulamentado pela UEFA e estiveram sempre disponíveis. “Foi claro, para quem esteve junto dos adeptos, que a rede colocada prejudica claramente a visão”.

Se assim fosse, mas não é, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional não teria aprovado a referida estrutura. Afirmar isto é chamar incompetentes aos profissionais da Liga.

“Para além disto, constatou-se uma sobrelotação do espaço disponibilizado aos adeptos do Sporting, indiciando assim que o número de lugares disponíveis era bastante inferior ao dos bilhetes vendidos para aqueles mesmos sectores”.

1. Segundo os regulamentos, o Sport Lisboa e Benfica é obrigado a ceder a equipa visitante 5% da lotação do estádio, o que corresponde a 3250 bilhetes.

2. O nº total de lugares da bancada disponibilizado foi de 3425 (mais 175 do que o exigido) dado que o Sporting CP repetidamente solicitou mais bilhetes, resolvemos ceder o máximo possível em condições de segurança.

3. No entanto, como bolsa de segurança, não foram emitidos nem utilizados os 536 lugares correspondentes às 6 fiadas inferiores destes 7 sectores, pois servem para garantir a actuação de ARD's e agentes da PSP.

4. Além destes 536 lugares, foram também retirados de venda as 3 fiadas laterais de cada lado da bancada visitante: 117 lugares do Sector 35 e 75 do Sector 27, no total de 192 lugares.

5. Isto é, tirámos de venda, por motivos de segurança dos adeptos visitantes, um total de 728 lugares.

É lamentável, pelas razões referidas, que um Clube como o Sport Lisboa e Benfica, receba a equipa visitante deste modo inqualificável. O espectáculo deve registar-se dentro de campo e não em atitudes exteriores, que pouco dignificam o futebol.

O Sporting Clube de Portugal reitera que, face às condições encontradas, a decisão da Direcção de se juntar aos adeptos, e de sentir directamente as condições que lhes eram facultadas, foi a mais acertada, e as palavras proferidas pelo vice-presidente Paulo Pereira Cristovão expressam bem a nossa indignação”.

No dia 17 de Novembro, o Engº Carlos Miguel, director de segurança do Sporting Clube de Portugal, a convite do Sport Lisboa e Benfica, visitou a “caixa” de segurança e as condições existentes no local, não tendo colocado nem durante a visita, nem após a mesma, qualquer reserva em relação a tudo quanto atempadamente visitou.

No dia 26 de Novembro (dia do jogo) o senhor Eurico Gomes (Secretário Técnico do SCP) visitou a bancada 2h30 antes do inicio do jogo, acompanhado pelo Director de Segurança do SLB, pelo Delegado da Liga e respectivo Supervisor (Sr. Manuel Aranha). Não teceu qualquer comentário crítico quanto às condições apresentadas.

“O Sporting Clube de Portugal tem rosto, o seu vice-presidente este sábado representou-o, e não se esconde atrás de declarações de funcionários da comunicação”.

Uma verdade: João Gabriel é funcionário do Sport Lisboa e Benfica, mas sendo funcionário tem toda a legitimidade para falar em nome do Clube. Aqui ninguém se esconde atrás de ninguém, simplesmente há uma estrutura e ela funciona.

“Por outro lado, a Direcção do Sporting Clube não se revê nos danos causados após o jogo e igualmente condena o facto de, ainda nesta mesma noite, ter sido atirado um “very-light” para a cobertura do seu estádio”.

“Não se revê” é diferente de condenar. Não se ouviu da parte do vice-presidente do SCP, presente no Estádio da Luz, nenhum tipo de condenação em relação aos actos praticados por um grupo de marginais e que resultaram nas agressões verificadas a bombeiros e nos vários incêndios que foram ateados. Nem sequer, na fase mais crítica, um mero apelo apaziguador.

Aliás, ficou claro para todos que não se tendo verificado nenhum incidente antes e durante o jogo, as acções violentas apenas acontecem depois da declaração feita, e transmitida em directo pelos vários meios de comunicação social, do senhor Paulo Pereira Cristovão.

Por fim, comparar os danos causados no nosso Estádio, com um eventual lançamento de um ‘very-light’ para a cobertura do Estádio de Alvalade só pode ser uma alusão de mau gosto.

O Sport Lisboa e Benfica não confunde a Instituição e a massa associativa do Sporting Clube de Portugal com os marginais que levaram por diante as acções que são conhecidas e cujas graves consequências ainda estão por apurar.

Em anexo segue mail com a formalização da devolução dos 46 bilhetes efectuada pelo Sporting Clube de Portugal e que o seu “rosto” desconhecia."

PJ investiga incêndio na Luz

Fonte da Polícia Judiciária adiantou ao "Público" que está a investigar as circunstâncias do incêndio na bancada norte do Estádio da Luz, local onde estavam os adeptos do Sporting.

A PJ "vai usar as imagens de videovigilância do recinto para tentar identificar os autores do fogo".

"Nenhuma das cinco detenções e 24 identificações no final do jogo estiveram relacionadas com o fogo", escreve o "Público".

Os estragos são visíveis até na parte exterior do estádio, que ficou chamuscada depois do incêndio que obrigou os bombeiros a entrarem em ação. O incidente aconteceu minutos depois do apito final de João Capela e levou os responsáveis benfiquistas ao relvado.

Luís Filipe Vieira assistiu ao sucedido ao lado de Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD, António Carraça, diretor do futebol, João Gabriel, diretor de comunicação, e Rui Pereira, responsável pela segurança do emblema da Luz. E, na altura, o líder encarnado prometeu enviar a conta para Alvalade.

Mário Dias: "Foi como se estivesse a ver a minha a arder"

Mário Dias, antigo vice-presidente para o património do Benfica, homem-forte do clube na construção do Estádio da Luz, aconselhou que se faça uma peritagem à zona onde aconteceu o incêndio após o Benfica-Sporting, incidente que o deixou muito abalado.

"Fiquei muito chocado. Foi como se estivesse a ver a minha casa a arder. Aquele estádio tem um pouco de mim e de todos sócios e adeptos do Benfica", começou por dizer Mário Dias em declarações à Rádio Renascença, frisando: "E estou convencido que os sportinguistas também não gostaram de ver."

"O betão poderá sofrer alguns danos com calor intenso e localizado. Não digo que tenha acontecido, mas terá de ser visto. Na minha opinião, para tranquilizar toda a gente, devia de ser feita uma peritagem para concluir se há ou não há danos. Além disso, o calor também pode ter afetado a cobertura. É uma questão de prevenção, não é por se tratar do Sporting, pois isso acontece um pouco com todos os clubes", encerrou.

Luís Filipe Vieira: "Vamos rever a posição com o Sporting"

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, foi recebido esta segunda-feira pelo presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, no Hotel Tivoli. No final, o líder do Clube falou do motivo da visita, bem como dos incidentes registados no fim da partida do passado sábado frente ao Sporting.

Luís Filipe Vieira começou por revelar que o Benfica pretende implementar-se de forma mais evidente em Moçambique, havendo várias ideias em curso. “O Benfica tem uma mancha de adeptos e alguns sócios em Moçambique e, como sabem, pretendemos cimentar essa relação através de uma academia que queremos instalar em Maputo. Estamos a desenvolver também uma parceria local, mas não podemos adiantar muito mais do que isso. Queremos valorizar cada vez mais a nossa marca e essa valorização passa por Moçambique”, anunciou.

O presidente revelou também a possibilidade de o Benfica jogar em Moçambique: “Tudo leva a crer que o Benfica estará no próximo ano em Moçambique, concretamente na cidade de Maputo.”

Os incidentes provocados pelos adeptos do Sporting na partida do último sábado foram também abordados por Luís Filipe Vieira. “Sempre entendi que no futebol não pode valer tudo e acho que já dei provas mais do que suficientes qual é a postura e os valores que o Benfica defende no futebol”, começou por afirmar.

O presidente “encarnado” repudiou o que aconteceu, considerando que um dirigente do Sporting incitou à violência. “Temos de condenar veemente o que alguns marginais fizeram naquele sector, destruindo-o completamente. Foi premeditado, o que é bastante grave”, afirmou, acrescentando: “Ficou provado que adeptos destes no futebol não merecem qualquer protecção e não faz sentido nenhum as declarações que ouvi de um determinado dirigente, a incitar à violência. Contrariamente ao que disse esse dirigente, aquele sector tem cerca de 3.000 lugares e o Sporting levou 2.400 bilhetes, ou seja, havia bilhetes para todos estarem sentados e as fotografias mostram bem que houve lugares que ficaram vazios.”

Por fim, Luís Filipe Vieira admitiu que a relação com o rival pode vir a mudar. “Não confundo a massa associativa do Sporting com este grupo de pessoas. Custa-me a crer que o presidente do Sporting se reveja nas palavras de um seu dirigente, isso talvez seja o mais grave de tudo o que se está a passar. Ver um presidente de um clube da grandeza do Sporting rever-se nas declarações daquele dirigente, é muito mal para o futebol. Se for assim, o Sport Lisboa e Benfica vai rever a sua posição em termos de futuro com o Sporting”, finalizou.

Eriksson: "Benfica está num momento muito bom"

O antigo treinador do Sport Lisboa e Benfica, Sven Goran Eriksson, esteve no Estádo da Luz a assistir ao dérbi do passado sábado e, em declarações proferidas à Benfica TV, analisou o actual momento da equipa comandada por Jorge Jesus.

“O Benfica está num momento muito bom, fizeram dois grandes jogos ante o Manchester United e têm grandes possibilidades de terminar a fase de grupos no primeiro lugar da classificação”, destacou.

Águias insistem em Maxwell

De acordo com notícias na comunicação social espanhola, o Benfica estará a insistir no sentido de garantir a transferência de Maxwell, lateral-esquerdo do Barcelona.

Os relatos sublinham que Pep Guardiola, técnico dos catalães, não quer perder o brasileiro de 30 anos na reabertura de mercado, em janeiro de 2012, mas pouco poderá fazer no final da temporada se os encarnados apresentarem uma proposta a rondar os 4 milhões de euros.

Maxwell foi contratado ao Inter Milão em julho de 2009 por 4,5 milhões de euros e assinou um contrato válido por 5 temporadas.

Maxi renova

Ponto final numa novela que já durava há meses e que tanta apreensão chegou a causar no reino encarnado. Maxi Pereira acertou, finalmente, a renovação para as próximas três temporadas. O jogador há já algum tempo que tinha chegado a acordo com o emblema da Luz, mas só agora viu confirmada a sua continuidade, depois de ter sido acertada a negociação entre Paco Casal e as águias, em relação à contratação de cinco jovens uruguaios, que viram o dérbi na Luz.

Além da renovação, as águias adquiriram também os restantes 30 por cento do passe do jogador que ainda não detinham, pagando por isso 3 milhões de euros. Aliás, esta era uma condição imposta pelo empresário do uruguaio, Paco Casal, para que a renovação chegasse a bom porto. Lembre-se que os encarnados apenas detinham 70% do passe, comprado ao Defensor Sporting em 2007, na altura em que Maxi, de 27 anos, chegou à capital portuguesa.


ALELUIA!!!

A papel químico

Já passavam dois minutos dos noventa quando Rodrigo se isolou, após um passe de Nolito, e caminhou alguns metros até à baliza do Sporting, mas Rui Patrício acabou por defender o toque subtil do avançado. Uma diagonal que começa a ser uma imagem de marca.

A jogada não terminou em golo, como ansiavam os adeptos encarnados, mas serviu para observar o movimento característico do hispano-brasileiro, que, aliás, já se tem repetindo desde há alguns jogos. Conhecido por emprestar uma grande mobilidade à frente atacante, Rodrigo Moreno Machado, de 20 anos, faz muitas vezes esta diagonal, partindo do centro para a esquerda, de forma a aplicar o seu forte pontapé.