domingo, 23 de janeiro de 2011

Duas notícias, desfechos diferentes

A transferência de David Luiz do Benfica para o Chelsea pode ficar acertada nos próximos dias, depois de Luís Filipe Vieira se ter deslocado ontem a Londres para negociar com os responsáveis do Chelsea. O acordo está preso por detalhes.
O presidente dos encarnados aceita receber 25 milhões de euros para deixar sair o defesa-central, de 23 anos. Mas quer jogadores e uma verba extra por objetivos. O campeão inglês, por sua vez, aceita pagar aquela quantia a pronto, prática pouco comum nos dias que correm, mas só dá ou um jogador ou objetivos.

Record


Ponto final no dossiê David Luiz, pelo menos no que diz respeito à presente reabertura do mercado. Luís Filipe Vieira viajou na última sexta-feira para Londres a fim de se reunir com os dirigentes do Chelsea e, perante o... não-aumento da proposta do campeão inglês (25 milhões de euros), recusou o montante, desta feita presencialmente.
O presidente encarnado juntou-se ao empresário de David Luiz, Giuliano Bertolucci, na capital inglesa e, à partida, todos pensavam que a transferência teria finalmente pernas para andar. Tal como O JOGO adiantou oportunamente, a SAD já tinha recusado uma proposta de 25 milhões de euros na última segunda-feira, mas quando o responsável máximo benfiquista viajou para Londres, tinha indicações de que a parada iria subir para montantes perto dos 30 milhões de euros, com a possibilidade ainda de aumentar o valor mediante o cumprimento de objectivos por parte do defesa-central. Ao contrário do esperado, tal não se veio, porém, a verificar. Apesar de Carlo Ancelotti ter pedido expressamente a Roman Abramovich - o dono do clube inglês - que fizesse um esforço para garantir o internacional brasileiro, os dirigentes do Chelsea acabaram por não subir a fasquia dos 25 milhões de euros. A isto, Luís Filipe Vieira respondeu com um redondo "não", tal como fizera dias antes.
A sociedade anónima encarnada não estava disposta a libertar o jogador por menos do que 30 milhões de euros, pelo que a diferença de valores colocou rápido final às negociações. Isto por agora, uma vez que não será de descartar nova investida dos blues no final da época.
Quem não gostou da situação foi o próprio jogador. O camisola 23 sabe que tinha uma vez mais em cima da mesa um salário muito superior ao que hoje em dia aufere na Luz e, além disso, viu gorada a possibilidade de rumar a um campeonato com maior expressão, aliás um dos seus sonhos. David Luiz soube por intermédio do seu empresário Giuliano Bertolucci que o negócio não fora para a frente e ficou tremendamente triste com o desfecho. Recorde-se que esta não foi a primeira vez que o jogador viu ser-lhe negada a possibilidade de sair - o Benfica já tinha recusado uma proposta do Manchester City -, pelo que, naturalmente, começa a não entender a posição da SAD. David Luiz tem contrato até 2015 e para já vai continuar de águia ao peito, mantendo-se, no entanto, a promessa de Luís Filipe Vieira de que no fim da época lhe será permitido despedir-se dos adeptos encarnados. Resta saber se os interessados, com o Chelsea à cabeça, irão nessa altura subir a parada...
De resto, o Chelsea já começou a pensar numa alternativa ao internacional brasileiro, apontando agora ao central do Wolfsburgo, Kjaer.

O Jogo
Anda muita salganhada, aqui em Portugal, à volta do caso "David Luiz".
Benficaas

Gaitán: «Temos feito exibições de qualidade»

Nico Gaitán mantém acesa a esperança de o Benfica conquistar o título de campeão nacional, apesar da diferença continuar nos 8 pontos. E argumenta com a boa fase que os encarnados atravessam.
“Estamos a jogar muito bem. Temos feito um trabalho de grande qualidade e isso dá-nos tranquilidade”, afirmou o médio argentino, de 22 anos, autor do primeiro golo na vitória de ontem frente ao Nacional.

Record

Um final de estalo

Ao longo da partida, Jorge Jesus e Jokanovic já tinham trocado alguns piropos, mas a confusão ocorreu após o apito final do árbitro Rui Costa. Franco Jara e Luís Alberto envolveram-se numa acalorada troca de palavras que levou o treinador dos encarnados a intervir. Após alguns empurrões, JJ chegou a mesmo a dar uma chapada no jogador do Nacional, um gesto que provocou a confusão geral no relvado. Os ânimos só começaram a serenar com a entrada do diretor-desportivo do Benfica, Rui Costa, que a custo conseguiu impor a calma, nomeadamente a Jesus e a Jokanovic. Passada a confusão, os futebolistas começaram a recolher ao balneário, tendo alguns até trocado de camisola.

Poucas explicações
Como é habitual nestas situações, não houve grandes explicações sobre o que se passou no terreno de jogo. Mesmo assim o jogador dos insulares não poupou o técnico das águias. “Senti-me traído e agredido, pois Jorge Jesus usou uma artimanha. Estava a falar com o Jara quando ele chegou e, num primeiro instante, abraçou-me. Depois empurrou-me. Fiquei a saber como ele é da próxima vez não vou cair na conversa. O Jara extrapolou, não tinha necessidade de desrespeitar a equipa adversária”, revela o brasileiro.

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Luisão: «Colocámos um ritmo alto na partida»

O capitão do Sport Lisboa e Benfica, Luisão, fez um rescaldo do jogo da 17.ª jornada da Liga, comentando a recuperação do Nacional até ao 3-2.
“A equipa está de parabéns pelo ritmo alto que colocou na partida diante uma equipa muito organizada, mas estamos felizes porque foi uma vitória com mérito”, afirmou, adiantando que o Benfica soube sofrer, respondendo bem aos dois golos sofridos: “Uma equipa com maturidade tem de saber sofrer.”
Sobre a série de sete vitórias consecutivas no campeonato, Luisão disse: “Sabemos que temos vencidos os últimos jogos e estamos contentes por isso, porque é o que queremos."
O internacional brasileiro abordou, ainda, o facto de ter feito dupla com Sidnei no eixo da defensiva “encarnada” e a possibilidade de poder perder David Luiz no mercado de Inverno. “Independentemente do defesa-central que jogue, acho que o Benfica está bem servido nessa posição e isso é o mais importante”, defendeu.

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Jorge Jesus: “É este o Benfica que quero”

O treinador dos “encarnados”, Jorge Jesus, considerou este sábado que a sua equipa mereceu vencer inteiramente o Nacional da Madeira.
“A equipa fez uma primeira parte muito boa, onde marcou dois golos e criou oportunidades para marcar mais. Na segunda parte marcou mais um tento e pensou que o encontro ia ser fácil. Começámos a dar algum espaço e o Nacional arriscou mais no ataque, reduzindo para 3-2, mas olhando para o que se passou no jogo acreditava que ia chegar aos 4-2 e que não ia sofrer o 3-3”, assumiu, não esquecendo que o Benfica foi um justo vencedor: “Fomos uns justos vencedores frente a uma boa equipa, bem organizada e que não perdia há dois meses”, lembrou.
Jorge Jesus falou, igualmente, sobre a clara subida de forma da sua equipa, materializada em vitórias nos últimos encontros. “É este Benfica que eu quero. Com criatividade, com imaginação, com nota artística”, realçou.
Sobre a dupla de centrais Luisão/Sidnei que alinhou frente ao Nacional, o técnico benfiquista disse: “O Luisão esteve ao seu nível. O Sidnei esteve bem a defender e tem jogado com alguma regularidade. Portanto, o Benfica tem cinco defesas-centrais e é um sector que me dá garantias, jogue quem jogar.”

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Destaques individuais

Salvio – Mas que jogo do argentino! Só faltou o golo para completar uma exibição de gala. Foi o futebolista mais em jogo com constantes deambulações e centros venenosos pelo corredor direito que levavam perigo à baliza de Bracalli.
Gaitán – O extremo-esquerdo entrou muito bem no encontro, marcando um golo pleno de oportunidade. O argentino foi um “diabo à solta” e as tabelinhas com Coentrão puseram os “nervos em franja” à defensiva do Nacional.
Luisão – O central “encarnado” fez mais um excelente jogo. Regular como sempre, o internacional brasileiro foi intransponível no sector mais recuado. Destaque ainda para o delicioso o toque de calcanhar a assistir Cardozo para o terceiro golo das “águias”.
Pablo Aimar– O “maestro” pegou na batuta e organizou a orquestra da Luz. O seu futebol tem um perfume especial só ao alcance de alguns, mas Aimar também vestiu o “fato-macaco” e foi o primeiro a defender numa incessante busca pela recuperação do esférico. Foram 59 minutos de bom futebol, altura em que foi substituído por Carlos Martins.

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Isto é futebol espectáculo!

Com mais uma exibição de encher o olho, o Benfica somou este sábado a sétima vitória consecutiva na Liga portuguesa. Desta vez, a vítima foi o Nacional da Madeira. Os quatro golos do triunfo (4-2) ilustram bem o futebol espectáculo dado pelos pupilos de Jorge Jesus no encontro da 17.ª jornada do campeonato.
Depois das várias alterações apresentadas no jogo da Taça da Liga com o Olhanense, o treinador Jorge Jesus voltou a entrar com um onze mais perto daquilo que tem sido o Benfica na presente temporada. Face ao castigo de David Luiz, a chamada de Sidnei foi a principal novidade dos “encarnados”.
O primeiro sinal de perigo até começou por pertencer ao Nacional, mas o guarda-redes Roberto esteve muito atento e travou muito bem o remate de Diego Barcelos aos dois minutos.
Seguiu-se depois um autêntico festival por parte dos pupilos de Jorge Jesus. Várias excelentes jogadas de combinação levaram ao rubro os adeptos presentes nas bancadas.
Salvio foi um dos jogadores que deu o mote à mais boa exibição dos “encarnados”. Foi mesmo dos seus pés que começou a jogada do primeiro golo benfiquista e que prosseguiu com um remate perigoso de Saviola, acabando com a finalização de Gaitán (7’).
Antes do segundo golo do Benfica chegar, o árbitro Rui Costa perdoou uma expulsão ao jogador Luís Alberto do Nacional da Madeira. Aimar foi alvo de agressão e o juiz mostrou apenas cartão amarelo (18’).
O 2-0 surgiu pouco depois num cabeceamento certeiro de Sidnei, após um pontapé de canto cobrado por Pablo Aimar (19’).
Com uma dinâmica simplesmente fantástica, o Benfica teve duas excelentes situações para chegar ao terceiro tento. Cardozo (20’) e Saviola (23’) foram os jogadores “encarnados” que estiveram muito perto de bater o guarda-redes do Nacional.
As acções ofensivas continuaram a pertencer aos “encarnados” até ao final do primeiro tempo, ficando na retina um cabeceamento de Luisão que colocou em apuros a defensiva contrária (36’).
O início do segundo tempo do Benfica não podia ter sido melhor, já que começou praticamente com o golo de Óscar Cardozo. Após um excelente toque subtil de Luisão, o paraguaio desfeiteou Bracalli e apontou, assim, mais um tento no campeonato nacional (51’).
Apesar de terem três golos de vantagem, os “encarnados” continuaram a jogar com uma intensidade muito alta, não deixando respirar o adversário no terreno de jogo.
Contra completamente a corrente de jogo, o Nacional conseguiu reduzir o marcador aos 76 minutos. Luís Alberto marcou de cabeça após um pontapé de canto. Os visitantes ainda reduziram a vantagem para 3-2 (golo de Mihelic, 85’), mas o Benfica acabou com qualquer dúvida sobre o desfecho da partida num cabeceamento certeiro de Franco Jara (88’).
O Benfica deu, assim, continuidade à sua série de vitórias no campeonato, onde mantém totalmente abertas as suas aspirações à conquista do título nacional.
O Benfica apresentou a seguinte equipa frente ao Nacional: Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Fábio Coentrão; Javi García, Pablo Aimar (Carlos Martins, 59’), Salvio e Gaitán (Felipe Menezes, 89’); Salvio e Cardozo (Jara, 67’).

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