domingo, 19 de junho de 2011

Acertos e desilusões dos últimos cinco anos

2010/11 Calvário de Roberto

Um nome destaca-se de todos os outros: ROBERTO. E é fácil perceber porquê. Os 8,5 milhões de euros pagos pelo guarda-redes espanhol que o Atlético Madrid tinha colocado por empréstimo no Saragoça soaram a exagero e as exibições, sobretudo na fase inicial da temporada, fizeram o resto.

Também do Atlético veio uma das aquisições que provaram: SALVIO. O argentino não teve produção extraordinária mas ficou ligado aos melhores momentos dos encarnados e daí o interesse em mantê-lo, apesar dos entraves dos colchoneros.

Mais produtivo foi o compatriota GAITÁN (3.º melhor marcador da equipa, com 7 golos), embora tenha demorado a aparecer. Outro internacional argentino, JARA não ultrapassou o estatuto de alternativa (17 vezes suplente utilizado, contra apenas 9 titularidades na Liga).

2009/10 Coentrão recuado

Recuperado ao Rio Ave como extremo, COENTRÃO foi redescoberto como lateral-esquerdo. A chamada para o Mundial na África do Sul foi a sequência lógica de um crescimento notável. No meio-campo entraram dois homens importantíssimos: JAVI GARCÍA e RAMIRES.

O espanhol, com um estilo menos exuberante mas eficaz, contribuiu com 3 golos e o brasileiro ainda foi mais longe (4), facilitando a transferência para o Chelsea antes de aquecer o lugar.

O craque argentino SAVIOLA cumpriu as expectativas (11 golos em 27 jogos) e a desilusão ficou a cargo do brasileiro KEIRRISON que não chegou a marcar na Liga, onde só foi utilizado cinco vezes, uma única como titular. Em janeiro foi “despachado” para a Fiorentina.

2008/09 Perfume de Aimar

As vedetas eram quatro. O hondurenho SUAZO (4 golos em 12 jogos) foi devolvido ao Inter Milão. O espanhol REYES também regressou ao Atlético Madrid mas contra vontade dos encarnados, após 4 golos em 24 jogos.

BALBOA, avançado da Guiné Equatorial, oriundo do Real Madrid, foi um fiasco: 10 jogos como suplente. Só em janeiro da época seguinte arranjou colocação, na 2.ª Divisão. O argentino AIMAR, contratado por Rui Costa para o suceder, não fez uma temporada de sonho mas revelou “perfume”.

CARLOS MARTINS teve uma readaptação difícil e RUBEN AMORIM (26 jogos, 2 golos e uma polivalência muito útil) só não foi a surpresa porque... já se esperava isso dele.

2007/08 O puto Di María

A superestrela dos EUA FREDDY ADU veio para fazer esquecer a saída de última hora de Simão, sem êxito. Ao invés, o paraguaio CARDOZO confirmou credenciais de goleador, assumindo-se como melhor marcador da equipa (13 golos), embora suscitando desconfiança.

Chegados com o campeonato em andamento, os uruguaios MAXI PEREIRA e, sobretudo, RODRÍGUEZ provaram estar à altura, mas foi o estilo desconcertante do miúdo DI MARÍA que deixou os adeptos mais entusiasmados.

O guarda-redes alemão BUTT passou sem se dar por ele. Igualmente discreta foi a primeira oportunidade de COENTRÃO.

2006/07 Rui Costa a meio gás

KATSOURANIS pegou de estaca e só falhou um jogo da Liga. O médio era internacional e um dos responsáveis da “tragédia grega” na Luz, na final do Euro’2004. Ao invés, apesar de ser internacional Sub-20, o brasileiro DAVID LUIZ chegava anónimo – nem Fernando Santos o conhecia – e não demorou a conquistar os adeptos, ainda que a afirmação só tenha chegado depois.

O regresso de RUI COSTA foi prejudicado por lesões que o impediram de brilhar, como aconteceu na época seguinte. A grande deceção ficou a cargo do internacional mexicano KIKIN FONSECA, que se estreou com um golo no 4-0 ao Belenenses da 1.ª jornada e não voltou a faturar, saindo em janeiro.

Record

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