quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Só Ruben Amorim resiste

O Benfica foi o último clube nacional a abrir-se aos estrangeiros, mas atualmente é de "forasteiros" que vive, sendo Ruben Amorim o único português utilizado por Jorge Jesus na Liga Zon Sagres.

O polivalente português é o "responsável" pelos escassos 265 minutos nacionais dos 9.900 acumulados pelos jogadores "encarnados" nos 10 jogos já disputados na edição 2011/2012.

Longe vão os tempos em que o Benfica precisou de uma Assembleia-Geral extraordinária para alterar os estatutos e a lei interna do clube, que só "autorizavam" uma nacionalidade, a portuguesa (da metrópole ou das colónias) e, assim, permitir a contratação do brasileiro Jorge Gomes.

Na reunião magna de julho de 1978, a maioria dos adeptos votou pela "liberalização" e, depois de Gomes quebrar uma tradição de 65 anos, ao estrear-se como primeiro estrangeiro a 29 de agosto de 1979, quando substituiu Fernando Chalana, aos 72 minutos de um jogo com o Vitória de Setúbal, a torrente de importações não mais parou.

Hoje, quando se olha para o relvado, é quase certo ver-se um "onze" do Benfica só com estrangeiros, ou não fosse a equipa tipo "vazia" de portugueses, com Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Javi García, Aimar, Gaitán, Bruno César (ou Nolito), Saviola (ou Witsel) e Cardozo.

Ou seja, dos 13 que normalmente forma o "onze", contam-se quatro brasileiros, quatro argentinos, dois espanhóis, um uruguaio, um paraguaio e um belga.

Nenhum outro treinador recorre tanto a estrangeiros e tão pouco a portugueses - minutos somados, 2,68 por cento pertencem a Amorim e 97,32 por cento ao contingente não nacional - como Jorge Jesus, que ainda não estreou Nelson Oliveira, Eduardo, Luís Martins, Miguel Vítor e Mika.

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