sábado, 12 de novembro de 2011

Jesus alimenta seleções

E com Bruno César, já são quatro os jogadores que foram lançados nas suas respectivas selecções nacionais A durante o reinado de Jorge Jesus no Benfica. David Luiz, Fábio Coentrão e Rúben Amorim também se estrearam com as cores do seu país sob a orientação do técnico benfiquista no emblema encarnado.

Jorge Jesus bem pode recolher esses louros. Aliás, não teve problemas em fazê-lo, por exemplo, quando Fábio Coentrão foi transferido para o Real Madrid, assumindo a responsabilidade pela evolução e projecção do miúdo das Caxinas. Foi Jorge Jesus, recorde-se, que o adaptou a lateral-esquerdo.

Anteontem, na partida do Brasil com o Gabão (2-0), não se pode dizer que Bruno César se tenha revelado numa nova posição, descoberta de águia ao peito, mas o extremo brasileiro mostrou estar numa excelente forma física e extraordinariamente motivado. Culpado? Jorge Jesus, pois claro, que tem apostado muito no ex-Corinthians.

"Bruno César esteve bem nesta primeira oportunidade", elogiou o seleccionador brasileiro, Mano Menezes, após o encontro com o Gabão, no qual o camisola 8 benfiquista foi titular e substituído aos 71 minutos, não sem antes fazer uma assistência para golo. David Luiz também alinhou nesta mesma partida e fez dupla com Luisão, recordando assim os velhos tempos do Benfica. David Luiz foi chamado pela primeira vez à selecção canarinha quando vestia a camisola das águias, em Agosto de 2010, tendo-se estreado numa partida com os Estados Unidos. Desde então, o agora central do Chelsea tem sido sempre chamado, alternando a titularidade com Lúcio, do Inter de Milão. Recorde-se que, quando chegou ao Benfica, David Luiz era um menino absolutamente desconhecido tanto para os portugueses como os brasileiros.

Voltando a Fábio Coentrão, o esquerdino é, destes quatro jogadores, aquele que é objectivamente mais produto da "lapidação" de Jorge Jesus. Depois de empréstimos ao Nacional da Madeira, Saragoça e Rio Ave, o jogador impôs-se no Benfica e deu de tal modo nas vistas que Carlos Queiroz chamou-o durante a caminhada para o Mundial da África do Sul. Na próxima segunda-feira fará dois anos que se estreou com a camisola das Quinas, numa partida frente à Bósnia (1-0) em que entrou aos 69 minutos para substituir Nani.

Também foi precisamente para o lugar do craque do Manchester United que Rúben Amorim entrou na lista para o Mundial da África do Sul, em 2010. O médio foi chamada de última hora e fez cinco minutos contra a Costa do Marfim, tendo agora regressado novamente à Selecção Nacional pela mão de Paulo Bento.

Mas não foi apenas no Benfica que Jorge Jesus alimentou selecções. No Braga, sob o seu comando, Eduardo e César Peixoto também foram pela primeira vez chamados à Selecção Nacional. E, curiosamente, ambos os jogadores estão agora na Luz, ainda que Peixoto numa posição precária. E ainda é preciso referir Orlando Sá, agora no Fulham.

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