segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Zoro: «Fui tratado como um cão»

Quatro anos após a chegada à Luz, o costa-marfinense Marc Zoro recorda com tristeza os tempos passados no Benfica, atacando principalmente Rui Costa e Luís Filipe Vieira. Apesar de tudo, Zoro garante ter feito boas amizades em Lisboa.

"Estou livre, rescindi o meu contrato há algumas semanas. Mas foi um processo longo, com os dirigentes a fazerem-me esperar pelo dinheiro que deviam durante meses. Não fui feliz nesse clube, tinha de deixar o Benfica", começou por dizer o defesa, em declarações ao portal "bloGolo".

"O Benfica vai ficar na minha memória como uma experiência muito negativa. Foi horrível, nem quero pensar nisso. Por outro lado, tenho boas memórias do V. Setúbal, tenho lá bons amigos", frisou, relembrando depois todo o processo que conduziu à sua saída:

"O presidente Vieira veio falar comigo ao fim de dois jogos e disse-me que não me queria na equipa por ter engordado. Engordei sim, mas um quilo apenas. Disse-lhe que ia trabalhar para perder, mas ele nem quis ouvir. Na verdade, fui o instrumento que ele usou para se vingar do [José] Veiga. Colocou-me à parte, nunca fiz parte da pré-época. Makukula, Balboa, Jorge Ribeiro e eu... Éramos um grupo de dez jogadores que foram colocados de lado. Quando esses se foram embora, comecei a ter de me equipar num balneário à parte. Fui tratado como um cão!", conta.

"Sempre que o meu agente tentava falar com o presidente ou com o Rui Costa, ninguém atendia. Com a janela de transferências a aproximar-se, eles 'desapareciam' e não me deixavam sair. Inicialmente tentava falar com o Rui Costa, mas agora sei que quem manda é o presidente", garante.

«Benfica é um clube grande, com adeptos fantásticos»
Apesar das críticas ao clube encarnado, Zoro elogia os fãs do emblema da Luz. "Os adeptos do Benfica sempre tiveram respeito por mim. Não tive culpa por não jogar. Se joguei oito anos em Itália certamente não sou uma nulidade. O Benfica é um clube grande, com adeptos fantásticos, mas que é comandado por gente pequena", concluiu.

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