O responsável máximo dos encarnados assume ter sido ele a levar este assunto ao plenário dos órgãos sociais, realizado anteontem. “Independentemente da razão que nos assiste é tempo de retirar o apelo ao boicote e continuar a acreditar na equipa campeã. Juntos, como sempre, e determinados, como nunca, vamos ultrapassar todos os obstáculos”, pode ler-se na missiva do presidente das águias, o qual confessa ter sido “sensível” aos inúmeros apelos ao final do boicote registados nos últimos meses.
90 dias
A invulgar medida foi decretada pelos órgãos sociais do clube sensivelmente há 3 meses, ou seja, na sequência da derrota sofrida em Guimarães, desafio em que Olegário Benquerença efetuou uma exibição desastrada em prejuízo do Benfica.
Quatro foram as partidas realizadas fora pelo clube da Luz, a nível interno, durante o período em que vigorou o boicote – só que ele sofreu um interregno numa delas, a visita ao Dragão, curiosamente o único dos quatro desafios longe da Luz em que o Benfica... perdeu. Os restantes – Marítimo, Portimonense e Beira-Mar – terminaram com vitórias.
Inverso
O apelo ao boicote esteve longe de reunir o consenso na família benfiquista. Ao contrário do que os órgãos sociais esperavam, a massa afeta ao emblema da Luz nunca abandonou a equipa, adquirindo os ingressos diretamente aos clubes anfitriões. Os dirigentes estiveram sempre a par da situação e chegaram mesmo a ser informalmente alertados, por grupos organizados de adeptos, que esta medida só tinha o condão de prejudicar... a própria equipa.
A realidade refletiu ainda outra situação inesperada. O boicote acabou por se verificar, sobretudo, nos embates efetuados... na Luz, cuja assistência média sofreu uma queda assinalável quando comparada com a época transata. Hoje, na receção ao Sp. Braga, poderá ter lugar o início do contraciclo.
Record
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