sábado, 6 de novembro de 2010

Vieira avaliou Mantorras em 18 milhões de contos

O angolano encontrava-se na crista da onda em 2001, ano da chegada ao Benfica. As exibições de gala sucediam-se e despertavam a cobiça dos maiores colossos financeiros da Europa. O corrupio era tanto à volta do jovem de 19 anos que Filipe Vieira, à altura gestor do futebol das águias, lançou um aviso à navegação.
“A transferência de Mantorras é superior à de Figo. Mantorras vale 18 milhões de contos [90 milhões de euros]. É muito cobiçado na Europa e não sai por menos de 18 milhões de contos”, assegurou o dirigente, procurando afugentar o Milan [oferecia 8 milhões] e a Juventus [5 milhões]. Refira-se que, em 2000, Figo trocara o Barcelona pelo Real Madrid numa operação de 12 milhões de contos [60 milhões de euros].
Mantorras esteve mesmo quase a vincular-se ao Milan, que lhe oferecia um contrato chorudo e a camisa 9. “O salário era de 375 mil euros por mês e o cheque estava ali à frente dos meus olhos”, confessaria, anos mais tarde, o angolano na respetiva biografia. O negócio... não se consumou.
Barcelona
Aquele a quem, em 2001, Eusébio apelidou de “diamante” efetuou um estágio no Barcelona em 1999, ou seja, antes de rumar ao Alverca, clube que o acolheu em Portugal. A visita de Mantorras ao Barcelona levantou muita polémica em Angola, pois o jogador abandonou o estágio dos Palancas Negras em vésperas do jogo com a Zâmbia de qualificação para o Mundial. Mantorras encabeçava a lista preferencial do holandês Louis Van Gaal, que orientava os culés. Segundo o africano, a transferência não se efetivou porque o Progresso do Sambizanga inflacionou o passe. Todavia, a relva do Camp Nou marcou-o para sempre: “Nunca tinha pisado nada tão confortável, nem mesmo os tapetes que adquirira para o meu quarto novo.”

Fonte: Record

Sem comentários:

Enviar um comentário