quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ano Novo... a Alma de sempre!

Há coisas que teimam em não mudar! Foi preciso lutar contra um ambiente hostil, agressividade excessiva do adversário, comentários televisivos obtusos e ainda um Bruno Paixão que teima em inventar… mas contra tudo e contra todos, este Benfica tem alma e mostrou-o – mais uma vez! - na deslocação a Guimarães. Witsel, Cardozo e Rodrigo marcaram os golos da vitória benfiquista, por 1-4.

No primeiro desafio oficial de 2012, a contar para a 1.ª jornada da Taça da Liga, o Benfica viajou até Guimarães e, frente aos locais, venceu, por 1-4, conquistando os primeiros três pontos de um troféu que mora na Luz de há três temporadas para cá e que o Clube quer revalidar.

Foi com algumas caras novas que o primeiro onze benfiquista do novo ano subiu ao relvado do Estádio D. Afonso Henriques… mas a raça, bravura, inteligência e pragmatismo manteve-se. O Sport Lisboa e Benfica não desvaloriza provas, títulos ou troféus e se dúvidas existissem de que esta 5.ª edição da Taça da Liga é para vencer, as mesmas foram desfeitas logos nos minutos iniciais.

E não foi preciso muito para se gritar golo na Cidade Berço, para alegria dos adeptos “encarnados” que – para não variar! – se encontravam em maioria nas bancadas. Com um futebol pressionante em todas as linhas, “sufocando” o portador de bola, o Benfica deu poucos espaços de manobra aos vimaranenses e aos 10’ esta toada personalizada deu frutos. Recuperação de bola, Nolito - na esquerda – rasga o relvado de lés a lés, com o esférico a encontrar Witsel. O belga, solto de qualquer marcação, recebe com classe e, na cara de Douglas, remata rasteiro para o primeiro golo benfiquista da noite.

Têm fome de bola

Contrariamente ao que era esperado, o tento inaugural pareceu trazer uma injecção de força (muitas vezes a roçar a agressividade excessiva!) aos anfitriões, com o Benfica – inesperadamente - a acusar negativamente a vantagem. Com a reacção dos homens de Rui Vitória, a equipa “encarnada” pareceu intranquilizar-se e a bola começou então a rondar com mais perigo a baliza à guarda de Eduardo… sem consequências. É que o Benfica não tardou em responder! Depois do impacto inicial as “águias” reorganizaram-se e as oportunidades começaram a surgir nas duas áreas, transformando este num desafio bastante emocionante.

Bola lá, bola cá, futebol rápido, empolgante, jogadores com fome de bola a quererem mostrar serviço. Quando assim é não há táctica que resista, isto porque o coração facilmente se sobrepõe à razão. Ao intervalo faltavam mais golos e o Benfica vencia, justificadamente, por 0-1.

Ele é – mesmo - muito perigoso!

E por falar em golos… o reatar trouxe o do empate. Dois minutos depois de Bruno Paixão ter apitado, livre indirecto para os locais, com João Paulo, de primeira no coração da área, a restabelecer a igualdade.

Com tudo em aberto o jogo ganhou ainda maior incerteza e rapidez com os jogadores a deixarem a pele em campo em busca da vitória. Assistia-se a uma partida de futebol interessante, e eis que um Bruno Paixão desastroso resolve entrar em cena. Primeiro, perdoa a expulsão a João Paulo, que deveria ter recebido ordem de expulsão, depois de carregar Maxi Pereira; segundo, não assinala grande penalidade favorável ao Benfica, castigando uma falta claríssima sobre Nolito. Ano Novo… a falta de verdade desportiva de sempre! Depois desses e de outros erros, Bruno Paixão acertou finalmente numa decisão e expulsou correctamente Pedro Mendes. Estavam decorridos 60 minutos.

Mas este Benfica tem uma alma e um coração enormes e está tão habituado a lutar contra tudo e contra todos… que a resposta não tardou! E se ela soube bem… soube a justiça!

Aos 65’, num lance técnico espectacular, Cardozo mostrou – mais uma vez! – porque é perigoso. Recepção de bola perfeita, rotação e, de primeira, um remate poderoso e indefensável ao ângulo. O Benfica estava novamente em vantagem… e já a merecia! Aos 77’, o golo da tranquilidade! Quem mais? Cardozo, pois claro! Canto na direita, e lá bem nos ares, como gosta, surge Tacuara, de cabeça, a bisar na partida. Estava feito o 1-3. A fechar, e depois de meia hora praticamente avassaladora, Rodrigo fez questão de escrever o seu nome na lista de marcadores da partida, corria o minuto 88.

Com esta vitória, o Benfica coloca-se na liderança do Grupo B da Taça da Liga mas, mais do que os três pontos, ficaram sinais auspiciosos para 2012 de uma equipa cada vez mais personalizada e com “ganas” de vencer!

O Sport Lisboa e Benfica alinhou da seguinte forma: Eduardo; Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Javi García, Witsel, Nolito, Aimar (Rodrigo, 71’), Saviola (Bruno César, 45’) e Nélson Oliveira (Cardozo, 45’).

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