segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cardozo tem a palavra na Madeira

Se há espécie com a qual todos devemos ter cuidado, essa é a dos goleadores. O especialista do último toque é um caso à parte na imensa fauna futebolística porque, ao contrário do guarda-redes, por exemplo, cujo erro não tem remédio, costuma ser dele a última palavra. O caso de Cardozo é paradigmático: trata-se de um jogador especial, que parece refrear sempre a paixão mas que, não raras vezes, é o principal impulsionador das explosões de alegria das bancadas. Nos Barreiros, Tacuara cometeu erro clamoroso, num lance em que bastava um simples toque para, com a baliza aberta e a um metro da linha fatal, celebrar o golo que, aos 32 minutos, daria vantagem aos encarnados.

Prova de que a última palavra é quase sempre dos goleadores, Tacuara decidiria o jogo aos 85 minutos e o adepto benfiquista teve de resignar-se: passou uma noite inteira a sentir o impulso de perseguir o avançado para lhe apertar o pescoço, acabou por desejar correr para ele e abraçá-lo a agradecer os três pontos que mantêm o Benfica no topo.

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