quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Solidez e pragmatismo ditam liderança no Grupo C

O Benfica venceu esta terça-feira, o Basileia, por 0-2 (golos de Bruno César e Cardozo), em partida a contar para a 3.ª jornada da Fase de Grupos da Liga dos Campeões. Mais uma exibição rica em pragmatismo e solidez, mais três pontos que se traduzem na liderança do Grupo C. É este o nosso Benfica… um Benfica que segue firme em todas as frentes que disputa e está há 15 jogos oficiais sem perder.

O Benfica viajou até Basileia com um só pensamento na bagagem: a vitória! Depois das duas rondas anteriores da Champions (bem positivas!), pontuar na Suíça, na partida relativa à 3.ª jornada, era um passo determinante rumo à fase seguinte da prova… e se a equipa assim o pensou, melhor o fez!
Foi um Benfica determinado, cheio de raça e coesão, aquele que subiu ao relvado do St. Jakob-Park para defrontar o então companheiro de liderança do Grupo C da Champions. No onze “encarnado” a novidade vai para a titularidade de Rodrigo.

Até esta partida ambas as formações lideravam, com 4 pontos, fruto de uma vitória e um empate nas rondas anteriores. Portanto, para além dos três pontos, do prestígio desportivo e não só, e dos euros da Liga Milionária, jogava-se também a liderança isolada do Grupo. Por outras palavras, motivos mais do que suficientes para se assistir a um desafio repleto de saborosos ingredientes. E as expectativas não foram defraudadas…

A jogar em casa, os primeiros minutos mostraram que este Basileia, 4.º classificado do Campeonato Helvético (19 pontos, a 5 do líder, FC Luzern), não estava para brincadeiras. Um rapidíssimo contra-ataque, seguido de um livre directo, que passou muito perto da trave de Artur Moraes, colocaram os “encarnados” em sentido, logo nos momentos iniciais.

Da investida helvética… ao golo de Bruno César

Na resposta, aos 13’, Rodrigo rematou à figura, mas os primeiros 20‘ – há que dizê-lo! - ficam inevitavelmente marcados por um Benfica pragmático, com muito espírito de entreajuda, a suster a forte investida dos helvéticos. E essa postura não tardou a trazer frutos, e com ela a primeira grande explosão de alegria dos muitos benfiquistas presentes em Basileia. Num lance de pura magia, de futebol inteligente, jogado ao primeiro toque, a bola, depois de passar pelo vector mais ofensivo da equipa, e de uma brilhante simulação de Rodrigo, chega a “Chuta-chuta”, que faz – de primeira! – que o melhor sabe: chutar rasteiro e colocado para o fundo das redes de Sommer. Estava feito o 0-1!

A partir daqui, e em vantagem, o Benfica conseguiu soltar-se, espraiar o seu futebol, ao mesmo tempo que soube controlar inteligentemente a ofensiva contrária, que refira-se, nunca deixou de acreditar, como o provam as defesas – praticamente impossíveis – de Artur Moraes, nos últimos dez minutos da primeira metade, ao mesmo tempo que, do outro lado, Gaitán desperdiçava duas oportunidades de ouro para aumentar a vantagem. Ao intervalo valia o golo de Bruno César.

Cardozo trouxe a tranquilidade

A segunda metade foi uma fotocópia da primeira, com as duas equipas a lutarem, nos limites, pela vitória. O Benfica carregava em busca do golo da tranquilidade; o Basileia, sem nunca esmorecer, procurava o golo do empate Aos 54’, Emerson fez bater mais forte os corações benfiquistas, só que o guardião Sommer negou o golo ao lateral “encarnado” com uma belíssima intervenção, intervenção que tornou a repetir, aos 62’, a remate de Aimar.

Jorge Jesus mexe na equipa, sai Aimar e Rodrigo, entram Nolito e Cardozo, com o Benfica a ganhar em frescura, mas a perder em alguma profundidade táctica. Sintomático, aos 68´, Artur Moraes a fazer a defesa da noite, com uma mancha soberba, evitando que a história do jogo fosse outra. E se os nervos começavam a aflorar os milhares de benfiquistas nas bancadas que se fizerem ouvir nos quatros do Mundo… Cardozo, acabadinho de entrar, resolveu. Na cobrança de um livre bem à sua medida, a castigar uma falta cometida sobre si, Tacuara faz o 0-2. Agora era preciso manter a cabeça no lugar e deixar correr os minutos…

Até ao final, mais um par de oportunidades e registo para três contrariedades no Benfica: aos 78’, Maxi sai lesionado e para o seu lugar entra Miguel Vítor, um produto da Formação Benfiquista, a dar garantias a Jorge Jesus; aos 85’, Emerson vê o segundo amarelo e recebe ordem de expulsão; já em tempo de compensação, o técnico Jorge Jesus também foi expulso.

Mas o resultado estava feito! Soou o apito final… o Benfica regressa a Lisboa com a liderança no Grupo C e mais uma exibição rica em pragmatismo, solidez e classe.

O Sport Lisboa e Benfica alinhou da seguinte forma: Artur Moraes, Maxi Pereira (Miguel Vítor, 78’), Luisão, Garay e Emerson; Javi García, Gaitán, Witsel, Aimar (Nolito, 67’), Bruno César e Rodrigo (Cardozo, 70’).

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