quarta-feira, 22 de junho de 2011

Rei do drible resolve e ajuda a resolver

Ramires foi decisivo na equipa que conquistou o título nacional. Na época passada, Salvio teve um período de ouro e chegou a encantar a Luz. Com um vendido ao Chelsea e outro de regresso ao Atlético Madrid, o Benfica não tinha no plantel nenhuma solução à altura. De repente, o lado direito ficava – pode dizer-se – órfão de talento. Restava um golpe de mercado para voltar a conseguir equilibrar a águia, dotando-a de um médio/extremo à altura das necessidades (e ambições) da equipa.

A primeira sensação é a de que, por 6 milhões, a escolha não poderia ter sido melhor. Enzo Pérez, que o Benfica namorava há um ano, é um dos mais competentes médios argentinos ainda a atuar no seu país de origem. Mostrou qualidade suficiente para triunfar na Europa, onde chega com um nível de maturação completo. Aos 25 anos, conta com cinco internacionalizações A (um golo) e o seu nome tem estado nas recentes convocatórias de Sergio Batista.

Bem enquadrado por Jorge Jesus, num sistema que volte a privilegiar a criação pelas alas, Pérez pode vir a formar uma dupla poderosa com Maxi. Com um drible curto e desconcertante – que tanto sai para o espaço interior como para a linha de fundo, à procura do cruzamento – Pérez tem características, portanto, que darão, como Salvio dava, muita profundidade ofensiva, mas dispõe de qualidade técnica muito superior (notável receção orientada). É forte no aproveitamento das diagonais nas costas do lateral e pode ser, por tudo isto, um caso sério neste Benfica.

Record

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