sábado, 30 de abril de 2011

Cardozo: A semana que definiu relação amor-ódio

Sábado: assobios estridentes em Coimbra. Quinta-feira: palmas e festejos por mais um grande golo. As opiniões dividem-se sobre o paraguaio e não há maneira de haver consenso

Sábado, Coimbra, últimos minutos da final da Taça da Liga: a equipa vence o Paços de Ferreira mas não convence. Os adeptos estão nervosos e as descargas de adrenalina tomam forma de assobios, especialmente para Óscar Cardozo, depois de uma das piores exibições de sempre ao serviço do Benfica, clube que representa há quase quatro épocas.
Quinta-feira, Estádio da Luz, primeira mão das meias-finais da Liga Europa. O paraguaio nem dá tempo para assobios.

Marca um golo aos 11 minutos, mas é anulado, por fora-de-jogo; 41 minutos: está perto de marcar mas vê a bola colocada em jeito esbarrar no poste; 50 minutos: cabeceamento ao poste, na recarga Jardel faz golo; o SC Braga empata entretanto e é preciso procurar de novo a vitória: falta à entrada da área, o paraguaio aponta a mira, e todos na bancada, no banco e nos lares benfiquistas esperam uma bomba das antigas. Assim acontece: golo, sorrisos, vitória, Cardozo de novo decisivo.

No espaço de cinco dias ficou clara a relação amor-ódio que desde sempre marcou a carreira do internacional paraguaio de 27 anos desde que chegou à Luz em 2007, pela mão de José Veiga, numa transferência galáctica à escala portuguesa: 9,15 milhões de euros por 80 por cento do passe (mais tarde a SAD adquiriu a restante percentagem por 2,5 milhões de euros), o que faz do camisola 7 o segundo jogador mais caro da história do clube, atrás de Simão.

Por muito tempo que passe, parece que não há maneira de Cardozo tornar-se um jogador consensual junto da exigente massa adepta benfiquista. Nem mesmo o facto de ser o máximo goleador estrangeiro da história do clube ameniza o tom elevado das críticas quando a lança (é esse o termo Takuara, no dialecto guarani) provoca poucas baixas nos adversários.

ABola

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