quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aqui não há boicote

Um boicote... ao boicote. Os adeptos do Benfica residentes na Madeira estão mobilizados para se deslocarem, sábado, aos Barreiros, para apoiar a equipa comandada por Jorge Jesus. Uma intenção que contraria o apelo feito pelos órgãos sociais para que os simpatizantes encarnados não se desloquem aos estádios dos adversários. “A equipa vem cá apenas duas vezes por época”, é a justificação mais ouvida.
Os encarnados gozam, naquela região autónoma, de grande base de apoio. “Cerca de 70 por cento dos adeptos do Marítimo são benfiquistas. Portanto, se não forem ao estádio como benfiquistas, irão como maritimistas”, frisa João Machado Oliveira que presidiu à extinta Casa do Benfica no Funchal. Igualmente simpatizante do Nacional, Machado Oliveira garante que vai estar nos Barreiros. “Para apoiar o Benfica, claro! Ainda por cima, a equipa está em crescendo de forma e só a podemos ter aqui duas vezes por época.”

Enchente
Sempre que as águias visitam o Marítimo, o Caldeirão regista boas assistências. No época passada, já com o estádio em obras, foi registada a presença de 5 mil espectadores. Ou seja, uma taxa de ocupação de 100 por cento.
Este ano não fugirá à regra. A única dificuldade pode residir na aquisição de bilhete, observa Elves Freitas, que integra um movimento que está a trabalhar na reativação da Casa do Benfica local. As obras de remodelação do estádio ainda não terminaram e a lotação está limitada a 4.600 lugares.
Apesar desta condicionante, não faltam exemplos de benfiquistas que vão estar nas bancadas dos Barreiros a assistir ao encontro. Um antigo elemento dos Diabos Vermelhos na Madeira acredita que, como ele, muitos estarão no estádio. “Podemos não estar organizados ou identificados, mas muitos irão ao jogo”, afirma aquela fonte, sublinhando: “Muitos podem dizer que não vão, mas quando chegar o dia, uma hora ou 30 minutos antes não resistirão.”
Entre as antigas claques, nos elementos que pertenciam aos No Name Boys, não existe qualquer comunicação. A deslocação à Madeira é de livre arbítrio. Do lado dos antigos Diabos Vermelhos nada está planeado. No fundo, entende-se o apelo lançado pelos órgãos sociais. Mas há quem lembre que já se insurgiu contra o preço dos bilhetes e que o boicote há muito que podia ter sido decretado.

Fonte: Record

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