Rúben Amorim está triste por não poder trabalhar com os colegas do Benfica, mas, ao que O JOGO apurou, durante a próxima semana o jogador deverá ter o seu futuro definido, com, tudo indica, transferência acertada para um clube estrangeiro. Empresário do médio, Jorge Mendes está a negociar a saída, sendo certo que não será nem o Besiktas, como ontem chegou a ser aventado, nem o Génova, com o qual o jogador chegou a ter tudo acertado. O processo disciplinar de que foi alvo tornou os responsáveis benfiquistas mais receptivos a uma saída, devendo esta acontecer muito em breve, possivelmente para um clube italiano ou inglês.
Rúben Amorim está ansioso para que a situação se resolva rapidamente, porque "a sua prioridade é voltar a jogar o quanto antes". O médio, confesso benfiquista, espera um entendimento entre as partes. "É esperança de Rúben que a situação se resolva o mais depressa possível. Ele está crente de que as partes envolvidas vão chegar a bom porto", disse ontem, a O JOGO, Tiago Coelho, advogado do jogador, esclarecendo que o camisola 5 ainda não recebeu qualquer nota de culpa por parte do Benfica.
"O processo encontra-se em fase de instrução. O que aconteceu foi que Rúben Amorim foi notificado da abertura de um processo disciplinar e de que a partir do dia 21 de Dezembro estaria suspenso e impedido de treinar-se com os restantes colegas", explicou Tiago Coelho.
"O processo seguirá os seus trâmites e percurso normal. Ele irá apresentar os seus argumentos e defender-se em sede própria. Os factos são alguma eventual recusa de se treinar, mas esse aspecto será tratado no local apropriado", acrescentou o advogado, explicando que "o Benfica enviará a nota de culpa ao jogador quando entender estarem reunidas as condições para acusar o jogador".
Nesta altura, o clube está, pois, a apurar os factos e a reunir provas. Ou seja, por hipótese meramente teórica, o Benfica até pode chegar à conclusão de não existirem motivos para acusar o jogador. Tal, contudo, não deverá acontecer, sendo que só depois de receber a nota de culpa é que o jogador preparará a sua defesa e será chamado a depor.
"Ele está calmo, mas triste. Rúben Amorim é um profissional e é também um benfiquista. E naturalmente está triste por não poder estar perto dos seus colegas, a treinar e a desenvolver a sua actividade, que é o que gosta de fazer", comentou Tiago Coelho, não querendo avançar prazos legais para o desfecho do processo. "Quem o conhece, sabe que tem um profissionalismo a todo o nível. Obviamente está triste. É seu desejo que isto se resolva rapidamente para seu bem e para os interesses do seu próprio clube e do universo benfiquista", acrescentou.
O processo disciplinar, lembre-se, foi instaurado ao camisola 5 após um episódio ocorrido no final do Benfica-Rio Ave. Jorge Jesus ordenou aos não utilizados que fizessem alguns exercícios, mas Rúben Amorim queixou-se de dores nos joelhos, o que gerou um desentendimento entre técnico e atleta.
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