Rui Jorge considera que a luta pelo título de campeão nacional de futebol "vai ser mais renhida" este ano e enaltece o percurso recente do "surpreendente" Sp. Braga, a quem deve ser "dado o devido valor".
Em entrevista à agência Lusa, o selecionador de Sub-21 e ex-jogador do Rio Ave, FC Porto, Sporting e Belenenses destaca o maior equilíbrio de forças pela conquista do troféu, nomeadamente após a "recuperação fantástica" do Sporting.
"O Sporting tem feito uma recuperação fantástica. O FC Porto manteve a estrutura, embora tenham saído jogadores importantes. O Benfica também manteve a estrutura e continua a ser um forte candidato. Temos um campeonato equilibrado, como não acontecia há algum tempo. A luta vai ser mais renhida até final", antecipou.
No entanto, é o Sp. Braga que merece os maiores elogios por parte de Rui Jorge, que enaltece a "regularidade" bracarense nas últimas épocas.
"O que o Sp. Braga tem feito tem sido muito difícil e temos de lhe dar o devido valor. Uma coisa é fazer um campeonato acima das expectativas, outra é manter essa regularidade, ainda para mais participando em provas europeias. Como equipa, tem sido surpreendente o que tem conseguido", sublinhou o técnico, que no sábado (dia 26) completa um ano à frente da seleção Sub-21.
O selecionador, de 38 anos, relembrou ainda a transferência do FC Porto para o Sporting, em 1998, confessando que, nos primeiros tempos de "leão" ao peito, sentiu diferenças "na forma de treinar e de encarar a profissão".
"A partir de determinada altura, o Sporting aproximou-se muito daquilo que foi em tempos o FC Porto, onde estive. Mas não posso dizer que tenha sido essa a primeira ideia quando cheguei ao Sporting. Acho que senti um bocadinho a diferença na forma de treinar e de encarar a profissão. Mas depois, com um grupo de pessoas e jogadores que para lá foram, acho que se conseguiu alterar aquilo que me assustou", revelou.
Relativamente aos treinadores portugueses, Rui Jorge não considera que haja uma maior qualidade da nova geração, apenas uma evolução em termos teóricos e que também cativou os técnicos com mais anos de profissão.
"Não me queria referir apenas à nova geração. Mesmo em termos de outros treinadores com outro currículo, tem existido a procura pela evolução. Se há uns anos estava tudo um pouco parado, agora tem havido uma procura de evolução, de conhecimento, de inovação. Não têm apenas de ser os de 30 ou 40 anos a procurá-la", comentou.
Rui Jorge falou ainda da sua admiração pela forma de jogar do Barcelona, que, juntamente com o Real Madrid, são as equipas "mais fortes a nível mundial, estão acima de todos os outros clubes" e são aquelas que têm "maiores possibilidades" de vencer a Liga dos Campeões.
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