Tranquilidade é o substantivo a que recorrem todos aqueles que são convidados a falar de Artur Moraes. Mas é apenas o ponto de partida para perceber como o guarda-redes brasileiro se impôs na baliza do Benfica de forma tão consensual como não acontecia desde Michel Preud'homme. Por outras palavras, como não acontecia na Luz há mais de uma década.
A BOLA convidou sete guarda-redes titulares de equipas da I Liga a avaliarem o desempenho de Artur Moraes. E todos valorizam o brasileiro de 30 anos, 1,92 metros e 90 quilos que chegou à Luz para substituir o mal amado Roberto, que regressou ao Saragoça, no qual tem sido elogiado, semanalmente, pela imprensa espanhola.
Elogios, justamente, sobram na análise a Artur, desde logo pela forma segura e confiante como se apresenta em campo, crente nas qualidades dele. Essas características, evidentes para quem está nas bancadas e às quais são especialmente sensíveis aqueles que estão entre os postes, justificam parte do sucesso do Benfica neste início de época.
Além de já ter salvo a equipa de alguns dissabores com defesas de grande nível, a segurança que transmite - assinalam alguns dos guarda-redes - possibilita aos companheiros a busca do golo na baliza dos adversários com o conforto de costas quentes. Isso poderá, justamente, contribuir para a explicação da capacidade goleadora das águias, com 19 golos em sete jogos na Liga, mais nove do que na última época. É verdade, porém, que já sofreu oito golos, mais dois do que há um ano, mas então o dedo da censura apontava para o espanhol Roberto e, agora, ninguém arrisca uma crítica ao guarda-redes do Benfica.
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