quinta-feira, 21 de abril de 2011

Destaques individuais

Carlos Martins
Num jogo de tamanha intensidade, Carlos Martins tinha de ser protagonista. Num jogo com muitos contactos e persistentes choques, ganhavam a bola aqueles que não tinham medo de por o pé, aqueles que não desistiam dos lances e que não se poupavam a esforços para a conquistar. Carlos Martins foi um deles. Além da «guerra» que se travava no centro do terreno, o número 17 também apareceu mais à frente, nas melhores oportunidades do Benfica. Primeiro na marcação de um livre em que colocou a bola na cabeça de Javí Garcia, depois num remate de fora da área que sofreu um ressalto e, por capricho, deixou Cardozo em situação privilegiada para abrir o marcador. Já na segunda parte, voltou a assinar o melhor lance de ataque do Benfica com uma grande abertura para Jara. Depois caiu como toda a equipa, ao ritmo dos golos do F.C. Porto. Ainda assim, continuou a ser dos mais inconformados dos encarnados.


Maxi Pereira
Um duelo intenso com os compatriotas Cristian Rodríguez e Alvaro Pereira no flanco direito do ataque do Benfica. O lateral foi o jogador que mais metros conseguiu conquistar na equipa encarnada, progredindo com a bola em sucessivas investidas, procurando tirar proveito da sua velocidade. Um flanco onde predominavam as cores do Uruguai e não foi por acaso que os três sul-americanos tenham sido os primeiros a ver cartões amarelos. Na segunda parte já não conseguiu subir tanto e já não foi tão eficaz na marcação a Rodríguez.


Fábio Coentrão
Primeira parte quase imaculada na marcação a Hulk, colando-se ao brasileiro que nem uma carraça, minando-lhe os trajectos e chegando mesmo a ganhar na luta corpo a corpo, apesar da evidente diferença nas estaturas. Uma eficácia que se foi desvanecendo depois do primeiro golo do F.C. Porto. Nã foi por acaso que foi nessa altura que Hulk começou a aparecer mais no jogo. Coentrão já jogava mais com o coração do que com a cabeça.


Saviola
Bom jogo do avançado argentino, embora sempre longe da área do F.C. Porto. Mostrou-se mais atrás, em todo o lado, ajudando a defender e a recuperar bolas, num esforço constante. Mas a verdade é que apareceu poucas vezes ao lado de Cardozo.


Cardozo
Oportunidade perdida por Cardozo. Apático, lento e distante do jogo. Não se percebeu porque é que ficou até ao fim. Não lhe faltaram oportunidades, sobretudo na primeira parte, mas estava sempre no sítio errado ou distraído. Muitas vezes as bancadas reagiam antes do paraguaio que só começava a correr depois das ovações dos adeptos. Marcou o penalty que ainda recuperou alguma esperança, mas não deu para mais.


Júlio César
Aquela defesa ao remate de Falcao podia ter invertido o sentido da eliminatória mais cedo. Quando parecia que o primeiro golo do F.C. Porto era um facto consumado, depois do passe mortífero de Hulk, o guarda-redes brasileiro voou e com uma palmada disse que não ao Falcao. Júlio César festejou a defesa como se tivesse marcado um golo e, por largos minutos, o seu nome ficou a ecoar nas bancadas. O pior foi depois...

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