terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um talento precoce forçado a crescer

A história de Nuno Coelho, médio que o Benfica assegurou para a próxima temporada, resume-se facilmente: um talento precoce que foi forçado a crescer. Aos 16 anos, estreou-se na equipa principal do Sp. Covilhã; aos 17, trocou a cidade serrana, onde nasceu, pelo Porto; aos 18, foi lançado na Liga, na U. Leiria, pela mão de Domingos Paciência.
O centro-campista da Académica é um valor emergente do futebol português, tendo integrado, em agosto, a pré-convocatória para os primeiros jogos da fase de qualificação do Euro’2012. No entanto, há muito que estava referenciado por clubes de primeira linha.
Quando treinava a U. Leiria, Vítor Pontes enviou um colaborador seu para observar Nuno Coelho, que tinha percurso assinalável nas Seleções jovens. Nessa altura, já o médio, então com idade de juvenil, havia sido lançado por João Cavaleiro na equipa principal do Sp. Covilhã, que participava na 2.ª Liga. “As referências eram boas, mas o FC Porto chegou primeiro”, conta Pontes.

Amadurecer na Invicta
Nesse ano, os leões da serra acabariam por descer. Mas a meio da temporada seguinte, os dragões acabariam por lhe deitar a mão. Com 17 anos (era júnior de primeiro ano) deixava as raízes para trás, rumando à Invicta. Esta foi importante etapa no amadurecimento do futebolista: de repente, via-se sozinho no Porto, sem a família.

O holandês Co Adriaanse era o treinador dos azuis e brancos. Durante duas semanas, treinou-se com o plantel principal. Aliás, chegou a ser suplente no Bessa. Mas como as oportunidades escassearam, foi à procura de outro rumo. Representou a U. Leiria em 2006/07, seguiu para o Portimonense, onde finalmente encontrou Pontes, atuando na 2.ª Liga e agora, aos 23 anos, cumpre a 2.ª época em Coimbra, antes de dar novo passo de gigante na carreira – o Benfica. “Ele já sabe o que é estar num clube grande, saber o que é jogar para ganhar. Em suma, tem o perfil psicológico para suportar essa exigência”, adianta o antigo guarda-redes.

Record

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