terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jesus caro para despedir

Despedir Jorge Jesus é um cenário que, para já, não se coloca na Luz apesar dos defraudantes resultados esta época, agravados pela goleada sofrida frente ao FC Porto. No domingo, após o jogo no Dragão, chegaram a circular rumores que a situação do técnico poderia estar tremida, mas apesar da desilusão que foi a prestação da equipa no Porto, Luís Filipe Vieira não equaciona tomar essa decisão.
Rescindir o contrato com o técnico teria custos nunca antes vistos na Luz. Com um salário anual de 2,4 milhões por temporada e com um vínculo contratual até 2013, Jesus poderia custar mais de 5 milhões de euros aos encarnados em caso de despedimento. Um valor que recomenda ponderação nas decisões, isto apesar da margem de manobra do técnico ter vindo a esfumar-se com os recentes resultados.
Tal como acontece todas as segundas-feiras, o conselho de administração da SAD encarnada reuniu-se ontem na Luz e em cima da mesa esteve, obviamente, a goleada sofrida pelas águias no Dragão e consequente afastamento da luta pelo título. Com despedimento fora de hipótese, ficou claro que a curto prazo Jorge Jesus terá de cumprir aquilo que são considerados como objetivos mínimos.
O primeiro dos quais passa pelo apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, algo que será disputado nos próximos jogos frente a Hapoel e Schalke. Este era, aliás, o objetivo traçado no início da temporada, onde estavam previstas receitas até aos oitavos-de-final da Champions.
Internamente, o técnico benfiquista está obrigado a vencer o Sporting de Braga na Taça de Portugal e não podendo chegar ao primeiro lugar (cenário que já poucos acreditam na Luz), há que garantir a vice-liderança e consequente apuramento para as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões.
Apenas se alguns destes objetivos forem fracassados, a SAD benfiquista poderá avançar para o despedimento do técnico a meio da temporada, cenário que Luís Filipe Vieira quer evitar a todo o custo. Facto incontornável é que Jesus estará à prova nos próximos jogos e o lugar já não está seguro como há alguns meses.
Vieira saiu a meio
O presidente do Benfica ficou chocado com o que se passou no Estádio do Dragão, naquilo que descreveu a alguns amigos próximos como um “rude golpe”. Vieira viajou com a equipa para o estádio mas acabou por abandonar o lugar que ocupava durante a segunda parte.

Fonte: Record

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