Éder Luís é hoje um jogador diferente daquele que no último mês de Janeiro chegou à Luz para reforçar a frente de ataque. Está mais confiante e, por isso, diz render bem mais nas quatro linhas. Agora, fá-lo no Vasco da Gama, por empréstimo das águias, e deixa perceber o aumento de moral na conversa mantida com O JOGO. Horas depois de ter sido, uma vez mais, titular pelo emblema canarinho - o Vasco da Gama bateu no último sábado o Ceará por 2-0, sendo que o segundo tento foi apontado pelo também jogador benfiquista Fellipe Bastos -, o avançado garante estar num bom momento e, assim sendo, poderia agora muito bem ser titular às ordens de Jorge Jesus. "Hoje em dia, no meu actual momento, acredito que poderia ser titular no Benfica, como também poderia estar, pelo menos, na luta por uma vaga no onze. Agora tenho sequência, o treino também é um pouco diferente - demorei a adaptar-me no Benfica - e a minha preocupação é jogar. Desde que cheguei, vimos tendo bons resultados e isso também conta", sublinha.
Na Luz, os números confirmam o desabafo do dianteiro. Éder Luís participou em apenas meia dúzia de encontros da Liga Sagres e, entre estes, foi titular em apenas dois. Na Taça da Liga, mais um trio de encontro, tendo ouvido o apito inicial no relvado num par deles. Golos? Apenas um, contra o Leixões, no Estádio do Mar. Depois disso, pouco mais jogou, mas afinal, o que correu mal para que uma aposta de reabertura de mercado tenha recebido guia de marcha no final da época? "É difícil dizer. Acontece... É claro que ficamos sempre com a expectativa de jogar, mas o Benfica já tinha a equipa montada. Depois, não entrei muitas vezes e é difícil ter continuidade quando jogamos pouco. No Vasco da Gama tenho tido muitas oportunidades, ritmo e muita confiança do treinador", explica o atacante, voltando a expressar a sua vontade em mostrar "qualidade" de águia ao peito.
"Sou o tipo de jogador que precisa de um pouco mais de atenção"
Éder Luís chegou à Luz com fama de precisar sempre de uma atenção especial por parte dos treinadores. O avançado nega exageros, mas sempre deixa fortes elogios a Jorge Jesus. "Sou o tipo de jogador que precisa de um pouco mais de atenção. Por vezes, com a confiança do treinador e algumas conversas, conseguimos atravessar momentos menos bons e render mais. Mas não se trata de ser apaparicado. E não digo isto por estar a falar publicamente: Jorge Jesus foi dos melhores treinadores com quem já trabalhei. Tacticamente, é muito bom", esclarece o dianteiro.
Fonte: O JOGO
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