Luisão e Ramires deverão conhecer em breve uma melhoria salarial, condição determinante para continuarem a vestir a camisola do Benfica. Ao que O JOGO apurou, é esta a contrapartida da SAD encarnada depois de ter resistido ao assédio estrangeiro, mantendo os dois jogadores nos quadros pelo menos por mais uma época - sobretudo no caso de Ramires.
Os moldes do investimento em cada um dos jogadores são, todavia, distintos. No caso de Luisão, os encarnados nem sequer quiseram sentar-se à mesa com o Atlético de Madrid para negociar o central, numa altura em que os colchoneros ainda tentaram inserir o internacional brasileiro na transferência de Roberto para a Luz. Não obstante, o camisola 4 ficou a par das condições salariais que poderia vir a auferir no emblema espanhol, valores bem superiores aos que actualmente recebe na Catedral. Para além disso, tal como o próprio sublinhou na altura, o Girafa não gostou da atitude assumida pelos responsáveis benfiquistas na gestão deste dossiê, por alegadamente nem sequer o terem informado da proposta do Atlético de Madrid.
Para além disso, também emblemas alemães, como Wolfsburgo e Hamburgo, efectuaram sondagens para tomar o pulso às condições exigidas pelo clube e pelo atleta, sendo que, na Bundesliga, o subcapitão teria sempre oportunidade de ver os seus rendimentos aumentarem exponencialmente. Entretanto, para minimizar os efeitos da situação vivida durante o defeso O JOGO sabe que em cima da mesa estará a possibilidade, pois, de Luisão ver o seu aumento salarial, previsto para 2011/12, antecipado. O novo contrato do subcapitão, assinado em Novembro do ano passado, já previa um incremento gradual dos vencimentos e, neste caso, bastará que a SAD antecipe a massa salarial - ficará entre os mais bem pagos, na ordem dos 1,5 milhões de euros anuais - já estipulada para a campanha seguinte.
O caso de Ramires é diferente. A sociedade anónima rejeitou recentemente uma proposta do Chelsea superior a 20 milhões de euros e na Luz ninguém pondera a saída do médio nesta altura. O próprio Jorge Jesus confirmou esta ideia no final do jogo com o Sunderland (como O JOGO já tinha dado conta), suportado na intransigência de Luís Filipe Vieira. O presidente está apostado em vender Ramires apenas pelos 30 milhões da cláusula de rescisão, valor que muito dificilmente será atingido por qualquer emblema nesta altura. Os responsáveis estão, todavia, conscientes de que o centrocampista pode mesmo valer os ditos 30 milhões, daí que esteja já a ser ponderado o aumento da cláusula de rescisão, tudo indica, para 40 milhões. A esta operação corresponde naturalmente uma revisão salarial.
Entretanto, a dupla já se treinou hoje às ordens de Jorge Jesus, e em perspectiva está a sua utilização já num dos jogos do Torneio do Guadiana, bem como no dia 7 frente ao FC Porto, para a Supertaça.
Fonte: O JOGO
Sem comentários:
Enviar um comentário