Que memórias leva de Portugal, após uma época em que conseguiu afirmar-se no Benfica?
- Nunca esquecerei a primeira página que me foi dedicada por A BOLA no dia seguinte a um desafio que jogámos com o Olhanense. Havia um empate 2-2, eu estava no banco, entrei e marquei o golo da vitória, para mim foi uma enorme surpresa e uma grande alegria ver-me, no dia seguinte, na página principal dum grande jornal como o vosso. Não esqueço o título: «Sou muito feliz aqui».
- E foi, de facto feliz, em Lisboa?
- Muitíssimo, foi um ano espectacular, por todas as coisas bonitas que vivi graças ao Benfica, clube ao qual estou muito agradecido por tudo o que me deu e por tudo o que fez por mim.
- Também houve coisas más. Quais foram as piores?
- O pior foi termos sido eliminados nas meias-finais da Liga Europa. Foi muito duro porque, por tudo o que fizemos, merecíamos estar na final. Eu já estava lesionado e, talvez por isso, sofri ainda mais, todos tínhamos uma grande esperança de sermos campeões da Europa. A final deveria ter sido FC Porto- Benfica e, a um só desafio, qualquer coisa podia ter acontecido.
- Mas o FC Porto foi, para o Benfica, um adversário quase impossível de vencer...
- É verdade que a derrota por 5-0 foi muito dolorosa mas os jogos com o FC Porto foram daqueles em que mais desfrutámos, são desafios muito bonitos, de grande intensidade. Fizemos uma grande exibição no Dragão, ganhámos por 2-0 para a Taça mas depois, na segunda mão, o Porto encontrou um Benfica caído, ferido e por isso nos ganhou. Creio que se o FC Porto tivesse vindo à Luz naquela boa fase dos dezoito desafios sem perder, poderíamos ter ganho com tranquilidade.
ABola
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