Quarta-feira, a PJ fez buscas no Estádio da Luz e apreendeu toda a documentação relativa à transferência do guarda-redes Júlio César para o Benfica. Mas esta foi a segunda busca feita pela PJ ao Benfica. Há alguns meses, a PJ esteve na Luz precisamente por causa de Roberto, tentando cruzar a documentação com o resultado de muitas escutas realizadas.
Vítima. Conforme Record conseguiu apurar, há a suspeita de que “parte significativa” dos 8,5 milhões de euros que o Benfica teve de dar por Roberto pode ter sido usada como prémio para o título conquistado pelo treinador em 2009/2010. Encontrando-se desta forma uma maneira de também fugir aos impostos. Este é um processo com características muito semelhantes ao da transferência de João Vieira Pinto para o Sporting, no qual o ex-jogador, José Veiga e Luís Duque foram recentemente pronunciados por crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal, com o Estado a declarar-se lesado em 3,2 milhões de euros. No caso concreto de Roberto, um eventual crime de burla terá como vítima o próprio Benfica, surgindo Luís Filipe Vieira, Jorge Jesus e o presidente do Atlético Madrid como potenciais autores dos crimes que estão a ser investigados.
Fontes próximas do empresário Jorge Mendes garantem que este apenas fez a ponte entre o Atlético Madrid e o Benfica. O clube da Luz pretendeu inicialmente contratar o guarda-redes De Gea – entretanto muito valorizado – e a seguir avançou para Asenjo – que chegou a ser examinado na capital espanhola pelos clínicos do Benfica –, mas as duas possibilidades goraram-se. Roberto tornou-se a grande “paixão” de Jesus. Na condição de amigo do CEO do Atlético Madrid, Miguel Ángel Martín, Mendes acabou por ajudar a que o negócio se consumasse. A mesma fonte garante que o agente nunca conversou com a sua assessora Bárbara Vara sobre transferências, isto a propósito de uma escuta onde se fala em “trafulhice” na contratação de Roberto.
Record
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