É metade FC Porto, metade Benfica. Contas por alto, a equipa de 2011 em Portugal escolhida pela redacção de O JOGO espelha o domínio dos dragões no primeiro semestre do ano e o bom arranque das águias na nova época, tanto no campeonato como na Liga dos Campeões. Os encarnados ganham esta luta por meio corpo, já que também incluem o guarda-redes Artur no onze do ano, mas o brasileiro passou a primeira metade de 2011 ao serviço do Braga, onde disputou a histórica final da Liga Europa totalmente lusa, em Dublin.
As escolhas dos jornalistas de O JOGO traduzem-se numa equipa que, arriscamo-nos a dizê-lo, lutaria pelo título em praticamente todos os campeonatos da Europa. Prova disso é que dois dos "nossos" titulares já nem sequer moram aqui e mudaram-se para clubes de topo da Liga espanhola: Fábio Coentrão trocou o Benfica pelo Real Madrid por 30 milhões de euros, enquanto Falcao levou o Atlético de Madrid a pagar ainda mais ao FC Porto pelo seu passe: 40 milhões de euros, um valor que ainda pode subir a um máximo de 47 milhões. Dois negócios que estão entre os maiores cinco realizados no último Verão em todo o mundo e que são apenas mais uma prova da qualidade do futebol português.
O treinador do ano, André Villas-Boas, é outro dos que já deixaram em Portugal. Levou-o o Chelsea, graças às petrolibras de Roman Abramovich, também aqui com um recorde: o técnico portuense tornou-se no mais caro da história do futebol, pois o clube londrino foi obrigado a pagar os 15 milhões de euros previstos na sua cláusula de rescisão com o FC Porto...
O esquema táctico que utilizámos foi o 4x3x3, que permite encaixar quase todos os jogadores das principais equipas do futebol português. Assim, foi possível conceber um onze onde Aimar e João Moutinho coabitam no meio-campo, apoiando um trio de ataque de luxo, constituído por Hulk, Falcao e Gaitán. Mais atrás, a dupla de centrais também "obriga" à cooperação entre o benfiquista Luisão e o portista Rolando. Maxi Pereira, à direita, e Coentrão, à esquerda, fecham as laterais, ficando o posto de médio-defensivo para Fernando. E, acredite, ainda dava para um banco de luxo.
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